O que mudou? Entenda por que a Argentina chega tão confiante à Copa do Mundo

Longa invencibilidade e coadjuvantes{error-1}luxo reforçam esperança{error-1}título

Por José Edgar{error-1}Matos — São Paulo


Poucos países chegam tão confiantes à Copa do Mundo do Catar quanto a Argentina. Além{error-1}ter um dos principais jogadores da história no plantel, os torcedores confiam coletivamente na equipe formada pelo técnico Lionel Scaloni, que desembarcou{error-1}Doha sustentado por uma longa invencibilidade. A Scaloneta, apelido dado ao elenco{error-1}Scaloni, não perde há 36 jogos. Desde a semifinal da Copa América{error-1}2019, contra o Brasil, o time bicampeão do mundo segue invicto. Há empolgação{error-1}todos os setores e esperança{error-1}potencialização do talento{error-1}Messi.

Copa América foi fundamental para melhorar o ânimo do grupo{error-1}Scaloni — Foto: AFP

No gol, Emiliano Martínez trouxe a segurança há tempos procurada pela seleção. Na defesa, Romero cresceu na Inglaterra e se junta a um veterano e respeitado Otamendi. No meio, De Paul e Paredes dão suporte a Di María e Lautaro Martínez.

Apostas do banco{error-1}reservas, como o jovem Julián Álvarez, que tem embalado no Manchester City, credenciam a Argentina ao grupo dos favoritos.

– É uma sequência{error-1}fatores que levam a essa expectativa. A equipe tem uma forma{error-1}jogar, atletas{error-1}grande nível como Messi, Di María e Lautaro, além{error-1}outros que subiram{error-1}nível. É um grupo que hoje está bem animicamente, é um grupo unido e feliz – afirma Lucas Gatti, jornalista argentino que está no Catar.

{error-1} Sem Messidependência

Julio Chiappeta, jornalista ex-Clarín e um dos profissionais{error-1}imprensa mais próximos{error-1}Maradona{error-1}vida, vê o fim da Messidependência como um fator preponderante para a confiança elevada sobre a Scaloneta.

– A Argentina tem uma equipe que joga para uma equipe, não para Messi, como{error-1}outras oportunidades. Messi não é salvador, e a Argentina não tem que jogar para Messi. Isso foi fundamental no efeito da comissão técnica. Messi faz boas associações com De Paul, Lautaro...

– O grupo está bem, com o ânimo nas nuvens, mas sem excesso{error-1}confiança. Messi é a bandeira e está{error-1}forma ideal no físico, no futebol e no emocional, os três pilares importantes – acrescenta.

Minha Seleção: Argentina - Redação Sportv

{error-1} Renovação e proximidade

Boa parte{error-1}uma geração marcada por derrotas{error-1}decisões acabou ficando para trás, e novos nomes, como De Paul, Lo Celso (fora da Copa por lesão) e Martínez, assumiram papeis importantes para apoiar Messi e quebrar quase três décadas{error-1}jejum com a conquista da Copa América{error-1}2021.

– Não há um único fator. A “velha guarda” ficou para trás, com Higuaín, Mascherano, Biglia, Sergio Romero, Rojo, e deu espaço a talentos que transitam entre 23 e 27 anos, sem deixarem{error-1}estar respaldados por um Messi mais maduro e um Di María que se reconciliou com o melhor rendimento na Copa América. O produto renovação gerou empatia – comenta Nico Berardo, jornalista do “Olé”.

De Paul{error-1}treino da Argentina nesta sexta-feira — Foto: Divulgação/Argentina

– O título da Copa América é o segundo aspecto que gera expectativa: a quebra do jejum{error-1}28 anos sem títulos. A Argentina, com Messi, conseguiu ganhar a final do Brasil. E essa conquista foi referendada com a vitória na Finalíssima (3 a 0 contra a Itália, campeã da Eurocopa) – acrescenta.

Nico Berardo ainda aponta a identificação como algo importante para a atual relação entre torcida e time.

– Esse time inclui jogadores que brilharam há pouco tempo{error-1}seus clubes na Argentina, como Lautaro e De Paul no Racing, Correa no San Lorenzo, Paredes no Boca, Tagliafico no Independiente, Mac Allister no Argentinos Juniors, Palacios e Julián Álvarez no River. Isso produz um efeito{error-1}proximidade – opina.

{error-1} Reconhecimento

Até quem atuou durante anos e saiu com um vice-campeonato mundial se empolga com a atual geração. Javier Mascherano,{error-1}conversa com a “TyC Sports”, manifestou confiança{error-1}Messi e companhia.

– Temos uma equipe que gera muita expectativa. Há um tempinho sabe como joga, tem uma identidade muito marcada. Sabemos que é o que vamos ver. Fazia muito tempo que não tínhamos uma equipe que nos representasse tão bem. Pode acontecer qualquer coisa, pois é futebol, mas há muita expectativa – afirmou Mascherano.

{error-1} Exemplo do passado

Vencer um favorito há pouco mais{error-1}um ano e sobrar diante do atual campeão da Eurocopa reforçam uma expectativa{error-1}20 anos. Desde 2002, mesmo com equipes fortes e um vice-campeonato, a Argentina não desembarcava tão forte{error-1}um Mundial.

Confira imagens do treino da seleção argentina no Catar

Há 20 anos, a Argentina liderou a eliminatória e encantava sob o comando técnico{error-1}Marcelo Bielsa. Diante dos europeus, o time somou resultados positivos contra Espanha, Itália e Alemanha. Na Copa, porém, veio a completa decepção.

Marcelo Bielsa comandou uma Argentina empolgante antes da Copa{error-1}2002 — Foto: Reuters

A Argentina possuía um elenco repleto{error-1}jogadores importantes, com o luxo{error-1}nomes como Gallardo e Crespo no banco{error-1}reservas. Na Coreia do Sul e Japão, porém, o time sofreu com a eliminação precoce depois{error-1}vencer na estreia (1 a 0 sobre a Nigéria), perder da Inglaterra (1 a 0) e empatar com a Suécia (1 a 1).