Abraço, conversa e exemplo: como Neymar busca liderar jovens da Seleção na Copa do Catar

Camisa 10 quer ser para os mais novos o escudo que ele não teve no primeiro Mundial que jogou

Por Bruno Cassucci, Cahê Mota e Raphael Zarko — Doha, Catar


O tempo passou e o "menino Ney" virou trintão. Mais velho e com a bagagementrar na minha conta betanoquem está na terceira Copa do Mundo, Neymar chegou ao Catar mais uma vez sendo o protagonista da Seleção, mas assumindo outro papel dentro e foraentrar na minha conta betanocampo.

Em um grupo recheadoentrar na minha conta betanojovens - sobretudo no ataque - e com 16 atletas que estão disputando a Copa pela primeira vez, o camisa 10 busca aconselhar, acolher e liderar os mais novos.

Aos companheiros, Neymar disse que deseja ser o "escudo" que não teveentrar na minha conta betanoseus primeiros anos na Seleção. Em meio a aposentadoriaentrar na minha conta betanoalguns craques, como Roberto Carlos e Ronaldo, e a quedaentrar na minha conta betanorendimentoentrar na minha conta betanooutros, como Adriano e Ronaldinho, a responsabilidadeentrar na minha conta betanoconduzir o Brasil na Copaentrar na minha conta betano2014 recaiu sobre o craque, que na época tinha apenas 22 anos.

Alguns gestos do camisa 10 nesse sentido foram notados neste inícioentrar na minha conta betanoCopa. Após a derrota do Brasil para Camarões, na sexta-feira passada, o jogador que estava machucado foi a campo e abraçou Rodrygo, um dos caçulas do grupo, com 21 anos. Mais tarde, publicou uma foto do momento no Instagram levantando a bola do garotos, com a legenda "craque".

Neymar abraça Rodrygo após derrota do Brasil para Camarões — Foto: DeFodi Images

No jogo seguinte, diante da Coreia do Sul, apareceu orientando Raphinha na volta do vestiário para o segundo tempo. Em entrevista ao ge no fim do mês passado, o jogador do Barcelona já havia destacado a importânciaentrar na minha conta betanoNeymar para a rápida adaptação dele na Seleção.

Raphinha fala sobre momentoentrar na minha conta betanoconcentração na volta do intervaloentrar na minha conta betanoBrasil x Coreia do Sul

– Eu estava me preparando para entrar no jogo contra a Venezuela, que eu ia entrar no segundo tempo, aí ele, no vestiário, me perguntou se eu ia entrar. Eu disse que eu não sabia. Ele me perguntou se poderia me dar um conselho, e eu, obviamente, disse que sim. Pediria mais dez conselhos naquele momento se fosse possível.

– Ele me falou para eu ser eu mesmo, para jogar o futebol que me fez chegar à Seleção. O futebol que me fez estar ali naquele momento, para ir para cima, não baixar a cabeça se perder a bola. Por que se só passasse a bola para o lado teria milhõesentrar na minha conta betanojogadores para fazer isso. Para eu mostrar minha personalidade e fazer aquilo que eu sei. E escutar aquilo do Neymar, que é uma referência dentro e foraentrar na minha conta betanocampo, para mim foi uma honra imensa. Levo isso comigo até hoje – destacou Raphinha, que ainda completou:

– O Neymar é uma pessoa incrível, acolhedora. Como um dia ele foi acolhido, hoje ele acolhe os mais novos na Seleção da melhor maneira possível. Ele me abraçou!

Neymar e Raphinha na seleção brasileira — Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Em suas entrevistas, o técnico Tite trata Neymar como liderança técnica, masentrar na minha conta betanoalguns momentos ele já reconheceu também o papel moral que o jogador vem assumindo ao longo dos últimos anos.

Em 2018, depois do camisa 10 ser bombardeado por críticas por seu desempenho aquém do esperado na Copa da Rússia, Tite o fixou como capitão da Seleção. Era uma tentativaentrar na minha conta betanoprestigiar e atribuir mais responsabilidades ao atacante. Porém, a faixa logo mudouentrar na minha conta betanobraço. Depoisentrar na minha conta betanoNeymar agredir um torcedor na final da Copa da França, no meioentrar na minha conta betano2019, a braçadeira foi passada a Daniel Alves.

Sem ser capitão, Neymar tenta liderar àentrar na minha conta betanomaneira. Uma delas é passando confiança, deixando os garotos mais à vontade. Outra é dando exemplo, como foi durante a recuperação da lesão sofrida no tornozelo, na qual esteve praticamente dias inteiros fazendo fisioterapia para acelerar o retorno aos gramados.

— A liderança dele não precisa falar muito. Só ele fazer o que tem feitoentrar na minha conta betanogesto, as pessoas conseguem seguir o que ele vem fazendo. Legado é isso, não é tentar eu te passar meu legado. Meu legado eu deixo. Se você achar que ele foi importante, você pega — opinou o zagueiro Thiago Silva.

Para além dos ensinamentos aos mais novos, o maior legado que Neymar pode deixar à Seleção será colocar a sexta estrela na camisa amarela. Faltam três passos para isso, o primeiro deles na sexta-feira, contra a Croácia, às 12h (de Brasília), no estádio Cidade da Educação.

Assista tudo sobre a Seleção na Globo, sportv e ge: