Sete clubes da Série A do Brasileirão incluíram cláusulas específicasbwin poker bonuscontrato que preveem punições, como multa e suspensão, e até demissão, caso funcionários ou jogadores cometam atosbwin poker bonusracismo. A medida visa a conter atitudes racistas, mas também é uma formabwin poker bonusas equipes se protegerem juridicamentebwin poker bonussituaçõesbwin poker bonusdiscriminação.
No levantamento, o ge questionou os 20 clubes da Série A sobre a existência das cláusulas. Entre eles, Bahia, Bragantino, Ceará, Corinthians, Cuiabá, Internacional e Palmeiras afirmaram ter dispositivos no contrato específicos contra racismo, e outras formasbwin poker bonusdiscriminação, como xenofobia e homofobia.
Equipes como Flamengo, Fluminense, Grêmio, Juventude e Santos afirmaram ter cláusulas que preveem punição a atitudes que desrespeitem seus códigosbwin poker bonusconduta, mas sem especificar atosbwin poker bonusdiscriminação. O Atlético-GO afirmou não ter cláusulas nesse sentido. O Atlético-MG disse que não conseguiria participar da reportagem. América-MG, Athletico-PR, Chapecoense, Fortaleza, Sport e São Paulo não responderam às questões enviadas.
Para o criador e diretor-executivo do Observatório da Discriminação Racial, Marcelo Carvalho, a implantação da cláusula é efetiva contra o racismo, desde que seja cumprida pelos clubes, caso ocorram atosbwin poker bonusdiscriminação.
- Ter a cláusula é muito importante, se os clubes tiverem isso, talvez a gente tenha uma mudançabwin poker bonuscomportamento. Nãobwin poker bonuscomportamento da pessoa. Porque a pessoa, sabendo da cláusula ou não, ela vai cometer o ato racista, mas aí o clube vai poder desligar - afirmou Carvalho.
- Seibwin poker bonusvários clubes que têm previsão para se o cara fizer algo que prejudique a imagem, mas são poucos casos que a gente vê algo acontecer. Como eu disse, é importante demais que isso tenha nos contratos e que o clube faça cumprir.
O Bahia foi um dos primeiros clubes a divulgar a inclusão da cláusula antirracistabwin poker bonusseus contratos. Nela, há previsãobwin poker bonusmulta ou demissão por justa causa. A medida foi tomada logo após um jogadorbwin poker bonusseu elenco, Índio Ramirez, ser acusado por Gerson, ex-Flamengo,bwin poker bonusinjúria racial, durante uma partida do Brasileirãobwin poker bonus2020. Na ocasião, o Tricolor chegou a afastar Ramirez por um período, mas reintegrou o jogador por considerar não haver elementos que comprovassem as ofensas.
Segundo o vice-presidente do Bahia, Vitor Ferraz, os contratos feitos pelo clube continham regras mais amplas, mas o caso entre Gerson e Ramirez criou um alerta.
- Nos chamou a atenção para implementarmos um cláusula prevendo a possibilidadebwin poker bonuspunição mais rigorosa a qualquer funcionário incluindo os atletas,bwin poker bonuscasobwin poker bonusadoçãobwin poker bonusações preconceituosas. Seja preconceito racial, por orientação sexual, ou religiosa. Isso totalmentebwin poker bonusacordo com o que o Bahia acredita - explicou Ferraz.
O Internacional também está entre os precursores da medida. Desde março, o clube adota,bwin poker bonuscontrato, multas e até demissão a quem cometer ações preconceituosas. Regra que se estende até aos fornecedores do clube.
- Temos demonstrado preocupação e interessebwin poker bonuscrescer cada vez mais como instituição ao trazer com bastante intensidade projetos voltados para a inclusão e diversidade, semprebwin poker bonusforma democrática envolvendo nossos consulados e torcedoresbwin poker bonusgeral. Entendemos que isso é uma tendênciabwin poker bonusvárias organizações, e no futebol não seria diferente - afirma o presidente do Inter, Alessandro Barcellos.
Todos os clubes ouvidos pela reportagem afirmaram realizar algum tipobwin poker bonusação contra a discriminação, como a realizaçãobwin poker bonuspalestras, lançamentosbwin poker bonusuniformes com mensagensbwin poker bonusconscientização, campanhas educativas e até parceria com entidadesbwin poker bonuscombate ao preconceito.
Para Marcelo Carvalho, entretanto, as instituições do futebol ainda precisam ampliar essas medidas. Sobretudo, aprofundar,bwin poker bonusseus quadros, o nível da informação sobre racismo e outros tiposbwin poker bonuspreconceito.
- Por exemplo, se um jogador ofende o outrobwin poker bonus"cachopabwin poker bonusabelha" (em referência ao cabelo black) como vimos no caso do Celsinho será que ele entende que é racismo? Será que a justiça vai entender como racismo? Porque senão fica "não, não cometi ato racista, foi uma piada". Efetivo é o clube levar para dentrobwin poker bonussuas dependências cursos sobre racismo, e envolver jogadores, torcedores, conselheiros, sócios, organizadas. Aí a gente começa o debate mais amplo - concluiu.