Montar time feminino é exigência para equipes da Série A 2019; veja situação dos clubes

Passados 40 anos desde que deixouluva n1 betaser proibido por lei, futebol feminino, agora, passa a ser obrigatório; medida, porém, ainda não remete à profissionalização da modalidade no Brasil

Por Camila Alves — Recife


São exatos 40 anos desde que a prática do futebol feminino, aindaluva n1 beta1979, foi liberada por lei no Brasil - desde 1941, o Decreto-Lei 3199, do governoluva n1 betaGetúlio Vargas, proibia a "práticaluva n1 betaesportes incompatíveis com a natureza feminina". Sete anos depois do fim do impedimento, a Seleção Brasileira feminina entravaluva n1 betacampo pela primeira vez,luva n1 beta1986 - num confronto amistoso com os Estados Unidos. E após décadasluva n1 betapromessasluva n1 betaincentivo, a lei, enfim, se coloca a favor das mulheres no futebol.

A partir deste ano, todos os 20 participantes da Série A do Brasileiro precisarão se enquadrar no Licenciamentoluva n1 betaClubes da Confederação Brasileiraluva n1 betaFutebol e, por obrigação, manter um timeluva n1 betafutebol feminino - adulto eluva n1 betabase.

A menosluva n1 betaquatro meses do início da competição, o GloboEsporte.com entrouluva n1 betacontato com todos os clubes que estarão sujeitos às regras. E, assim, foi traçado o panorama do processoluva n1 betaestruturação da modalidade e detalhada a situação das equipes.

— Foto: Arte Globo Esporte

Das 20 equipes que disputarão a Série Aluva n1 beta2019, 13 clubes precisam - e ainda precisarão - se mexer para atender às regras. Um totalluva n1 beta65%. Isso porque apenas sete já mantinham a modalidade estruturada antes. Cada um sob diferentes condições, desde a montagemluva n1 betaforma independente a parcerias que exigem do clube apenas a liberação do estádio para jogos. Mesmo já adequados ao regulamento, três dos sete jáluva n1 betaatividadeluva n1 beta2018 - Grêmio, Internacional e Vasco - preveem avanços para a modalidade: profissionalizar o elenco por completo.

Na elite do Brasileiro, vale ressaltar, o clube que mantém uma equipe femininaluva n1 betaatividade eluva n1 betaforma contínua há mais tempo é o Santos. O time é o atual vice-campeão da Libertadores e funciona há quatro temporadas (2015 a 2018). No comando está a técnica Emily Lima, primeira mulher à frente da Seleção Brasileira Feminina - cargo que exerceuluva n1 betanovembroluva n1 beta2016 a setembroluva n1 beta2017.

Para a ex-jogadora Rosana, peça-chave nas Sereias da Vilaluva n1 beta2018, referência na Seleção Brasileira e que anunciouluva n1 betaaposentadoria no início deste ano, a obrigatoriedade é determinante para o crescimento da modalidade no país.

- Vai gerar mais vagas para as meninas que querem jogar futebol. Consequentemente, com um número maiorluva n1 betaatletas jogando, maior o crescimento da modalidade e da descobertaluva n1 betanovos talentos. Ter as camisas tradicionais do futebol masculino também é interessante porque agrega valor. Os torcedores já conhecem e se identificam com a história do clube e o feminino poderá contribuir ainda mais com isso - diz Rosana.

Ex-jogadora Rosana dos Santos teve participação importante na Seleção Brasileira — Foto: Divulgação

A medida, no entanto, ainda não remete à profissionalização da modalidade no país - com jogadoras que tenham carteira assinada e recebam salários. Isso porque, por exemplo, somente quatro das 15 equipes que já deram os primeiros passos para a estruturação da modalidade confirmaram que vão efetivamente pagar salários às jogadoras a partirluva n1 beta2019 - com valores que,luva n1 betaforma oficial, variamluva n1 betaR$ 1.500 a R$ 4 mil. Alémluva n1 betaCorinthians e Santos, que já pagam, o Grêmio e o Internacional, que têm parte do elenco profissionalizado, pretendem unificar este quesitoluva n1 beta2019.

Athletico-PR e Flamengo, porluva n1 betavez, apesarluva n1 betaterem atletas remuneradas, vivem situação diferente dessas quatro. Isso porque, nestes casos, o investimento parte dos projetos com os quais firmaram parceria - Foz Cataratas e a Marinha brasileira, respectivamente, que também fornecem estrutura para treinos. Dos clubes rubro-negros, portanto, as atletas recebem o uniforme e o estádio -luva n1 betaalguns casos - para mandar jogos.

- Tudo será mantido como sempre foi. O Foz Cataratas continuará com todas as suas atividadesluva n1 betaFoz do Iguaçu e faremos alguns jogos do Brasileiro na Arena da Baixada quando mandantes. Como toda parceria, o Foz, que sempre pagou salário às atletas, tem suas vantagens, e o Athletico-PR tem as suas também, com as obrigatoriedades que vai ter - explicou o presidente do Foz Cataratas, Gezi Damaceno, que trabalhavaluva n1 betaparceria com o Coritiba até 2018.

Desde que o Brasileiro Feminino ganhou uma segunda divisão, Santos e Flamengo disputam a Série A1 — Foto: Pedro Ernesto Guerra/Santos FC

Athletico-PR e Flamengo, porém, não são os únicos a trabalharemluva n1 betaparceria. De fato, a maior parte das equipes que vêm sendo montadas do ano passado para este, até o momento, foram feitas dessa forma. A diferença, é que os outros seis clubes (Atlético-MG, Bahia, Ceará, Chapecoense, Fluminense e Goiás) aproveitam uma estrutura já existente e fornecem outros recursos do próprio clube - como, por exemplo, auxílio financeiro, estrutura para treinos, departamento médico eluva n1 betafisioterapia.

Referência na modalidade e eleito melhor técnico do futebol paulistaluva n1 beta2016, Jonas Urias - hoje treinador do Sport -, acredita que a mudança não deve ser efetiva neste primeiro momento. Mas aponta a exigência como determinante para que haja, a longo prazo, uma mudança cultural para o consumo do futebol feminino no país.

- Acho que nesse primeiro ano não vai ter muito impacto na modalidadeluva n1 betasi. Porém creio que é um primeiro passo para que haja uma mudança sólida no cenário do futebol feminino e ele passe a ser mais cultural na sociedade. Acho que é um passo que tem que ser dado. Acredito que os clubesluva n1 betacamisa, quando entrarem, têm uma grande chanceluva n1 betafazerem um bom trabalho, investir e, consequentemente, daqui a dois anos, começar a aparecer no cenário nacional. E aí sim acho que vai ter uma mudança - diz Jonas.

— Foto: Arte / GloboEsporte.com

luva n1 beta Númeroluva n1 betatécnicas ainda é baixo

O númeroluva n1 betaatletasluva n1 betacampo, é certo, irá crescer. Afinal, já são ao menos seis novos times que entram no cenário nacional (Atlético-MG, Chapecoense, CSA, Fluminense, Goiás e São Paulo - já que Bahia e Athletico-PR fizeram parcerias com equipes que já disputavam o Brasileiro). Quando se falaluva n1 betacargosluva n1 betaliderança no futebol feminino, no entanto, os homens ainda aparecemluva n1 betamaior número. Como vem sendo desde 2013 na competição nacional. Das 13 equipes (entre as 20 que existirão por conta da obrigatoriedade) que já têm técnicos definidos para o próximo ano, somente três serão comandadas por mulheres: o Bahia, com Solange Bastos, o Fluminense, com Thaissan Passos, e o Santos, com Emily Lima.

Técnicas e técnicos no Brasileiro Femininoluva n1 beta2013 a 2018
A partirluva n1 beta2017, o torneio ganhou uma segunda divisão e passouluva n1 beta20 clubes para 32
Fonte: GloboEsporte.com. Foram considerados treinadores que passaram maior tempo no comando da equipe na temporadaluva n1 betaquestão

Consultada por clubesluva n1 betabuscaluva n1 betainformações sobre custos necessários para estruturação da modalidade, Emily aponta a necessidadeluva n1 betaoportunizar as mulheres preparadas para trabalhar com o feminino.

- Não é a norma que vai fazer com que mais mulheres ou não entrem no mercadoluva n1 betatrabalho como treinadorasluva n1 betafutebol. O que vai aumentar isso é a oportunidade que os clubes derem às mulheres. Então não adianta a norma mudar e os clubes fecharem as portas para as treinadoras mulheres. Vai continuar a mesma coisa. Digo issoluva n1 betaseleção brasileira,luva n1 betaclubes. Eles abrirem portas para que as mulheres que estejam preparadas consigam trabalhar faz abrir portas na CBF, para que mais mulheres estejam atuando lá também - diz Emily.

Emily Lima conquistou um título emluva n1 betaprimeira temporada no Santos — Foto: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos FC

luva n1 beta Como funcionará a exigência

A manutençãoluva n1 betaum timeluva n1 betafutebol feminino adulto eluva n1 betabase está entre as 34 medidas exigidas pelo Licenciamentoluva n1 betaClubes, adotado para sistematizar uma estruturação e adoçãoluva n1 betamelhores práticasluva n1 betagestão nos clubes do país. E o Brasil não é o único a passar pelo processo. O novo regulamento da licença foi aprovado pela Conmebolluva n1 betacongresso, ainda no fimluva n1 beta2016, com um prazoluva n1 betadois anos para adaptação - portanto, passando a valer a partirluva n1 beta2019 - e exige times femininos também para todas as equipes que disputarem as Copas Libertadores e Sul-Americana. As medidas se adequam ao artigo 23 do estatuto da Fifa, que cobra das confederações a adoçãoluva n1 betamedidasluva n1 betagovernança que incluem, dentre outras questões, a incorporaçãoluva n1 betaartigos que preveem a igualdadeluva n1 betagênero.

Regulamentoluva n1 betaLicençaluva n1 betaclubes da Conmebol prevê que clubes tenham times femininos — Foto: Reprodução/Conmebol

O clube que não estiver dentro das regras do Licenciamento,luva n1 betaacordo com a CBF, estará sujeito a ficarluva n1 betafora das competições que exigem a licença - caso da Série A do Brasileiro, Copa Sul-Americana e Libertadores. A posição da entidade, no entanto, éluva n1 betaprimeiro assumir o papelluva n1 betaorientar, ao invésluva n1 betapunir.

"A CBF está preocupada com o primeiro papel que éluva n1 betaorientador, aconselhamento. Os clubes estão se mexendo e a primeira preocupação é auxiliar. A primeira intenção não é punir. É orientar para que seja cumprido. O Licenciamento é um processo gradativo. A UEFA para implementar 100% levouluva n1 beta10 a 15 anos. A cada ano vai aumentando as exigências e entrando nas outras séries (divisões do Brasileiro)", pronunciou-se a CBF via assessorialuva n1 betaimprensa, já que ainda será definido um porta voz oficial responsável pela questão.

Romeu Castro, supervisorluva n1 betacompetições nacionais femininas da CBF — Foto: Rafael Ribeiro / CBF

  • As equipes que estão sendo montadas vão disputar competições da CBF?

Não necessariamente. Os clubes que estão montando o femininoluva n1 betaparceria com equipes já divisionadas, devem entrarluva n1 betasuas respectivas vagas - casoluva n1 betaAthletico-PR (na Série A1 do Brasileiro Feminino) e Bahia (na Série A2). A expectativa éluva n1 betaque as demais sejam anexadas à Série A2 (segunda divisão nacional), disputando a etapa eliminatórialuva n1 betamata-mata que classifica para a faseluva n1 betagrupos, mas a CBF ainda não tem uma posição definitiva sobre isso.

"Isso (formato da competição) a gente vai saber quando houver o conselho técnico das competições e o regulamento específico. Tem o prazoluva n1 betaacontecer 60 dias antes do início (do Brasileiro, previsto para começarluva n1 betamarço). O Licenciamento diz que o time precisa disputar campeonatos, não necessariamente o Brasileiro. Pode ter time que vai disputar o Estadual e não o Brasileiro", informou a CBF.

  • Haverá calendário para a categorialuva n1 betabase, exigida pela CBF?

Sim. A CBF divulgou o calendário da base e futebol femininoluva n1 beta2019 com um Brasileiro Feminino Sub-18, previsto para acontecerluva n1 betajulho a setembro - logo após a Copa do Mundo Feminina, que acontece na França. Falta definir, porém, o regulamento específico da competição e a idade máxima. De acordo com a assessoria da CBF, a entidade está realizando um estudoluva n1 betacomparaçãoluva n1 betabase para ajustar a questão da idade à realidade do futebol feminino - que normalmente tem jogadoras mais novas que no masculino já atuando no profissional.

  • A Série A será a única do Brasileiro a exigir o futebol feminino?

Por enquanto, sim. A previsão inicial eraluva n1 betaque as Séries B, C e D precisassem atender às mesmas exigênciasluva n1 betaforma gradativa nos anos seguintes -luva n1 beta2020, 2021 e 2022, respectivamente. Mas a CBF ainda não definiu os prazosluva n1 betaforma oficial.

Corinthians é o atual campeão do Brasileiro Feminino — Foto: Bruno Teixeira/Agência Corinthians

luva n1 beta Confira a situaçãoluva n1 betacada clube da Série A do Brasileiro

luva n1 beta Atlético-MG

Parceria com o Prointer Futebol Clube - Firmadaluva n1 beta12luva n1 betadezembro
Técnico: Sidney Lima
Equipes: única - até 21 anos
Estrutura (que promete oferecer): bolsasluva n1 betaincentivo, registro profissional, orientação nutricional, acesso à academia, treinamento específico e materiais esportivos.

- Teremos uma bolsa/auxílio para cada atleta, visto que todas são amadoras, com atividades regulares durante o dia. O futebol feminino no Brasil ainda está na transição entre o amador e o profissional. A maioria não pode prescindirluva n1 betaseus trabalhos para se dedicar exclusivamente ao jogo - posicionou-se, via assessorialuva n1 betaimprensa.

luva n1 beta Athletico Paranaense

Parceria com o Foz Cataratas, que trabalhava com o Coritiba desde 2016
Técnico:
Ivan Mororo
Equipes: adulta e base
Estrutura: Uniforme e estádio pelo Furacão. Estrutura para treinos e salários serão fornecidos pelo Foz.
Até o dia 11luva n1 betadezembro, posicionamento do clube eraluva n1 betaque "a única resposta é que no momento não temos futebol feminino". Mas, seis dias depois, oficializou a parceria com o Foz Cataratas.

- O Athletico Paranaense assinou parceria com a Associação Desportiva Iguaçuense – Foz Cataratas FC. Através deste contrato, o clubeluva n1 betaFoz do Iguaçu representará o Furacão nas competições oficiaisluva n1 betafutebol femininoluva n1 beta2019. O Foz Cataratas é o time feminino paranaense que tem obtido os melhores resultados nos últimos anos e apresenta a melhor infraestrutura no estado do Paraná para desenvolver o esporte. Desta forma, houve um encontroluva n1 betainteresses entre o Foz e o Rubro-Negro. O time feminino se apresentaráluva n1 beta2019 com o nomeluva n1 betaFoz Cataratas – Athletico Paranaense - posicionou-se através do site oficial.

De 2016 até o ano passado, o Foz Cataratas funcionavaluva n1 betaparceria com o Coritiba — Foto: Christian Rizzi/ALLSPORTS

luva n1 beta Avaí

O Avaí não tem equipe e respondeu à reportagem por meio da assessoria:

"Hoje, o Avaí não tem uma equipeluva n1 betafutebol feminino formada. É um desejo do presidente ter o futebol feminino,luva n1 betacumprimento à lei e também para oportunizar este esporte aos torcedores e simpatizantes do clube. Mas o clube ainda não tem a dimensãoluva n1 betacomo formatar esta nova equipe, ajuda e orçamento para esta nova categoria."

luva n1 beta Bahia

Parceria com o Lusaca, time feminino da cidadeluva n1 betaDias d'Ávila
Técnica:
Solange Bastos, ex-zagueira da seleção brasileira
Equipes: Sub-17, Sub-20 e Adulta
Estrutura: o Tricolor "bancará as despesas necessárias para a atuação do time", afirmou via assessorialuva n1 betaimprensa, assim como os uniformesluva n1 betajogo e treino, e cederá seus departamentosluva n1 betaregistro, médico e fisioterapia às atletas.

- A gente primeiro tinha uma dúvida: começar um projeto do zero ou do outro lado a alternativa que tinha era a gente ser um patrocinador, emprestar a camisa para um clube já existente. Com o Lusaca, encontramos uma coisa que é no meio do caminho. Não nos agradava apenas ceder a camisa, mas ao mesmo tempo achávamos que começar do zero significava um trabalho muito árduo eluva n1 betalonguíssimo prazo, para começar uma coisa que já é um anseio da torcida,luva n1 betanós gestores e do clube. A ideia é juntar a metodologia do Lusaca com a estrutura do Bahia. O que a gente não quer é o futebol feminino simplesmente para ter um time - afirmou o presidente Guilherme Bellintani, através do site oficial do clube.

luva n1 beta Botafogo

Por meio da assessorialuva n1 betaimprensa, o Botafogo afirmou que ainda não começou a montagem e não deu maiores detalhes.

luva n1 beta Ceará

Parceria com a Associação Menina Olímpica
Técnico:
Zé Maria (ainda não assinou a renovação)
Equipes: base e adulta
Estrutura: estrutura física (acesso aos dois CTs) eluva n1 betaprofissionais, alojamento, alimentação e ajudaluva n1 betacusto/salários equivalentes à base (com contratos pré-profissionais),luva n1 betatornoluva n1 betaR$ 2 mil.

luva n1 beta Chapecoense

Parceria com a escola pública Associação Desportivaluva n1 betaLourdes Lago há três anos
Técnico:
Silvio Faccin da Rosa
Equipes: adulto, Sub-17 e Sub-15
Estrutura (atualizada após publicação da matéria): A Chapecoense fez o caminho inverso a maior parte dos clubes. Primeiro montou a base,luva n1 betaparceria, e agora começa a estruturar o adulto. O clube informou que existe um projeto para a base que está captando R$ 1,5 milhão para investimentoluva n1 betapessoal, estrutura e bolsa atleta, alémluva n1 betaum investimento na parte do adulto.

- Vamos planejar um 2019 com uma estrutura melhor, talvez com departamento do futebol feminino dentro do clube. Temos uma base consolidada e necessitamos agora buscar outros horizontes, que é o profissional. Está garantido o mesmo investimento e estrutura desse ano, mas a gente quer melhorar sempre. Valorizar o futebol feminino inclusive financeiramente, com contratoluva n1 betavínculo, CLT empregatício, que é o que a gente quer para as meninas que vão subir para o profissional - disse o coordenador do futebol feminino, Amauri Giorgan.

A Chapecoense paga uma espécieluva n1 betaconvênioluva n1 betapatrocínio, que arca com as despesasluva n1 betaalimentação, casaluva n1 betaatleta e ajudaluva n1 betacusto da base através da ADELL. E as jogadoras do profissional recebem uma ajudaluva n1 betacusto diretamente do clube.

Time feminino da Chapecoense da temporada passada — Foto: Divulgação/Chapecoense

luva n1 beta Corinthians

Funciona com gestão própria desde o inícioluva n1 beta2018, antes fazia parceria com o Audax
Técnico:
Arthur Elias
Equipes: adulto e Sub-17
Estrutura: CT, moradia, alimentação, planoluva n1 betasaúde, academia, plano nutricional, acompanhamento médico, fisioterapia e salários (clube não falaluva n1 betavalores).

- Após uma temporada excelenteluva n1 beta2018, nossos planos no Corinthians sãoluva n1 betaevoluir ainda mais a modalidade. Queremos seguir com o bom desempenholuva n1 betacampo e, fora das quatro linhas, ajudar no desenvolvimento do Futebol Feminino. Como mudança mais efetiva e evidente, criaremos nosso time Sub-17, atendendo assim às exigências da Conmebol e, principalmente, aumentando a oportunidadeluva n1 betanovas meninas aparecerem e se desenvolverem, dando frutos para o esporte brasileiroluva n1 betabreve - disse a diretoraluva n1 betafutebol feminino do Corinthians, Cristiane Gambaré.

luva n1 beta Cruzeiro

- O Cruzeiro não decidiu se vai fazerluva n1 betaforma direta ouluva n1 betaparceria. Mas o certo é que o futebol feminino não vai ser dentro da estrutura do Cruzeiro hoje. Nós vamos buscar uma estrutura fora. Pode ser aproveitando a estrutura existenteluva n1 betaalgum time dentro do futebol mineiro. Nesse momento, o Cruzeiro vai cumprir o que diz a regraluva n1 betaLicenciamentoluva n1 betaClubes, então nós vamos ter sim uma equipe profissional e uma equipeluva n1 betabase também, como manda a regra. No caso das atletas, à medida que o acordo com essa equipe ou essa parceria for fechada, nós vamos definir o elenco e, durante a definição do elenco, vamos ver como vai ser a questão da remuneração. O que eu posso assegurar é que o Cruzeiro terá uma estrutura profissional - disse o gerenteluva n1 betafutebol, Marcone Barbosa.

Marcone Barbosa, gerenteluva n1 betafutebol do Cruzeiro desde julho do ano passado — Foto: Marco Astoni

luva n1 beta CSA

Está sendo montado com gestão independente
Técnico:
José Mendes, ex-jogador do Azulão e com trabalho na base do Clube
Equipes: adulto (Estuda montar escolinha, Sub15, Sub17 e Sub20)
Estrutura: uniforme, campo e ajudaluva n1 betacusto.

- Estamosluva n1 betaentendimento para aquisiçãoluva n1 betaum CT onde funcionará a base do masculino e feminino, deixando o atual CT Gustavo Paiva somente para os profissionais. Até este ano, o time feminino era tocado por voluntários e as atletas jogavam por amor ao futebol e ao CSA. Algumas recebiam passagens e hospedagens e o time praticamente se reunia para jogar. Mas isso é coisa do passado, vamos remunerar as atletas - disse o vice-presidente executivo da base e esportes olímpicos, Omar Coêlho.

luva n1 beta Flamengo

Funcionaluva n1 betaparceria com a Marinha do Brasil
Técnico:
Ricardo Abrantes
Equipes: adulta e Base (sob análise)
Estrutura: toda do CEFAN (Centroluva n1 betaEducação Física Almirante Adalberto Nunes, da Marinha), onde as jogadoras treinam. Salários são pagos pela Marinha. Assessoria explicou que as atletas participamluva n1 betaedital para Sargento para entrarem no time. Os jogos são normalmente mandados na Gávea, e o material esportivo fica por conta do Flamengo. "Não há mudanças previstas do contrato original", informou via assessoria.

luva n1 beta Fluminense

Funcionaráluva n1 betaparceria com o projeto Daminhas da Bola
Técnica:
Thaissan Passos
Equipes: adulta, Sub -20, Sub-17 e Sub-15
Estrutura (atualizada após publicação da matéria): Atletas da equipe principal terão contrato com o Fluminense e direito a uma bolsa-auxílio, as da base terão ajudaluva n1 betacusto. O elenco terá uniforme oficial do clube, que disponibilizará também o localluva n1 betatreinamento, equipamentos, acompanhamento médico, fisioterápico, nutricional, além da estrutura organizacional, como administração, assessorialuva n1 betaComunicação e Marketing.

O Fluminense realizou três peneiras na reta finalluva n1 beta2018 para auxiliar na montagem do time feminino — Foto: Mailson Santana

luva n1 beta Fortaleza

"Estaremos conforme o regulamento e a obrigatoriedade do futebol feminino na Série A. Mas ainda está sob o processoluva n1 betaplanejamento. Nós deveremos ter novidade no início do ano, com o diretor das categoriasluva n1 betabase que vai tocar, doutor Roberto Moreira. Definiçãoluva n1 betagrupo,luva n1 betaonde vai treinar, estrutura, isso vai feito no início do ano", pronunciou-se via assessoria."

luva n1 beta Goiás

Funcionaluva n1 betaparceria com a Universidade Salgado Filho. No inícioluva n1 beta2018, contratou o diretor Zuza Falcão para estruturar a modalidade
Técnica:
Robson Vieira
Equipes: adulto, base e escolinha (a criar)
Estrutura: promete fornecer ajudaluva n1 betacusto, "complementar à bolsa integral que vão ter na Universidade para estudar", alémluva n1 betaestrutura na parte médica, assessoria jurídica,luva n1 betamarketing, auxílio social - aulaluva n1 betainglês para as atletas que tem possibilidadeluva n1 betaconseguir bolsaluva n1 betaestudo fora do Brasil, caso não seja possível seguir como profissional -, e treinos e jogos na sede social do clube, na Serrinha.

- Nossas expectativas são muito institucionais, da torcida conhecer, abraçar o projeto como uma alternativaluva n1 betafutebol para se ver o Goiás,luva n1 betahorários e públicos diferentes, um ambiente mais familiar. Vamos firmar parcerias com a Delegacialuva n1 betaCombate a Violência à Mulher, rede femininaluva n1 betacombate ao câncer e prestar esse tipoluva n1 betaajuda principalmente social para se inserir o programa no cotidianoluva n1 betaGoiânia. Entendemos que isso passa por uma institucionalização do futebol feminino no cotidiano da cidade e do clube - afirmou o diretor do futebol feminino, Zuza Falcão.

luva n1 beta Grêmio

Funciona com gestão independente
Técnica:
ainda não há um nome.
Equipes: adulta, Sub -20, Sub-17 e Sub-15
Estrutura: atualmente, 50% das atletas têm contrato profissional e carteira assinada. Na última temporada, o clube augou um espaço exclusivo para que elas treinassem e mandassem os jogos, que é o Estádio Vieirão, na cidadeluva n1 betaGravataí, na Região Metropolitanaluva n1 betaPorto Alegre. Local tem academia, refeitório e alojamento, onde as jogadoras concentram - e boa parte mora.

- Em 2019 todo plantel será profissionalizado - promete, via assessorialuva n1 betaimprensa.

Karina Balestra, atacante do Grêmio, comemora gol — Foto: Divulgação / Grêmio

luva n1 beta Internacional

Funciona com gestão independente
Técnica:
ainda não há um nome
Equipes: adulta, Sub -20, Sub-17 e Sub-15
Estrutura: treinamluva n1 betacampos não oficiais (alocados pelo clube) e mandam jogos na PUC e no Beira Rio. Tem direito a fisioterapeuta, diretor médico e alojamento. Tem três tiposluva n1 betacontrato - CLT com comissão técnica e algumas jogadoras, contratosluva n1 betamenores e contratos terceirizados com empresa da própria atleta. Valores variamluva n1 betaR$ 1.500 a R$ 4 mil (jogadoras e comissão técnica). Recebem também benefíciosluva n1 betaUnimed, cestas básicas e bolsaluva n1 betaestudoluva n1 betafaculdade.

- Queremos buscar patrocínio e apoio da mídia esportiva. Melhorar nossa estrutura. Hoje, nosso alojamento fica num local e os camposluva n1 betaoutro. Então nossa ideia é unificar tudo isso. Ter também uma maior aproximação com o futebol profissional do clube, que hoje não temos isso. A tendência para o ano que vem é que tenha ainda mais CLT, provavelmente quase todas, para a gente não ter mais esse tipoluva n1 betavínculo terceirizado - disse o vice-presidenteluva n1 betarelacionamento social, Norberto Guimarães.

O Internacional chegou pertoluva n1 betaconquistar o acesso à Série A1 no ano passado, mas caiu para o Vitória nas semifinais — Foto: Divulgação/Internacional

luva n1 beta Palmeiras

"O Palmeiras está finalizando os últimos detalhes do seu planejamento para o futebol feminino. Provavelmenteluva n1 betaparceria, mas como ainda não está fechado, não tem como dar certezas", afirmou via assessoria.

luva n1 beta Santos

Funciona com gestão independente
Técnico:
Emily Lima
Equipes: adulto e Sub-17 (em parceria com o colégio Santa Cruz e com a Universidadeluva n1 betaSão Paulo)
Estrutura: jogadoras recebem salários, têm acesso a departamento médico eluva n1 betafisioterapia na Vila Belmiro, e treinam no CT Meninos da Vila.

- Os planos sãoluva n1 betacontinuar tendo uma equipe competitiva e que dispute títulos, é o que o torcedor espera. Paralelamente a isso, do pontoluva n1 betavista da gestão, nós estamos trabalhando para ampliar o lequeluva n1 betaparcerias e patrocinadores que nos ajude a desejar dar sustentabilidade econômica para o futebol feminino. Estamos conseguindo dar alguns passos importantesluva n1 betarelação a isso. E entendemos que num espaço curtoluva n1 betatempo, talvez nessa temporada na próxima, a gente já consiga ter uma situaçãoluva n1 betaque o futebol feminino seja sustentável pelos seus próprios recursos - disse o gerente executivo do futebol feminino, Alessandro Rodrigues.

Após bater o Corinthians, o Santos sagrou-se campeão do Paulista Femininoluva n1 beta2018 — Foto: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos FC

luva n1 beta São Paulo

Funcionaráluva n1 betaparceria com o Centro Olímpico
Técnica:
Lucas Piccinatoluva n1 betaSá
Equipes: Sub-17 e adulta
Estrutura: não detalhou.

- O SPFC retomou recentemente o projeto do futebol feminino com a categoria sub-17, que acabaluva n1 betaconquistar o bicampeonato paulista da categoria. O clube também já iniciou o planejamento para montar a equipe profissional, que será feita com a contrataçãoluva n1 betaatletasluva n1 betaoutras equipes, promoçãoluva n1 betajogadoras das categoriasluva n1 betabase e também com atletas selecionadasluva n1 betaseletiva realizada pelo clube no mêsluva n1 betanovembro. O clube espera assim retomarluva n1 betatradição na modalidade, coroada na décadaluva n1 beta90 com a equipe comandada por Sissi e Kátia Cilene que faturou diversos títulos, como o Campeonato Brasileiroluva n1 beta1997 e o Paulistaluva n1 beta1997 e 1999 - posicionou-se via assessoria.

luva n1 beta Vasco

Funciona com gestão independente
Técnico:
Antony Menezes
Equipes: base e adulta
Estrutura: jogadoras têm acesso à fisioterapia, atendimento médico, alimentação, treinos no CT Duqueluva n1 betaCaxias eluva n1 betaSão Januário, e ajudaluva n1 betacusto para transporte. De acordo com a assessorialuva n1 betaimprensa, existe um projeto para que as jogadoras do profissional tenham contratoluva n1 betatrabalho.

Em setembro do ano passado, o Vasco foi campeão do Brasileirão da Baixada — Foto: Matheus Lima / Divulgação Vasco