Veja reportagem com novos áudios entre Caboclo e a funcionária que o acusasaque bwinassédio
O Esporte Espetacular teve acesso a novas gravações entre o presidente afastado da CBF, Rogério Caboclo, e uma funcionária que o acusou formalmentesaque bwinassédio moral e assédio sexual. O dirigente está afastado do cargo desde 6saque bwinjunho, dois dias depois que o ge revelou a existência dessa denúncia. Caboclo nega as acusações e afirma ser vítimasaque bwinum complô liderado por Marco Polo Del Nero, ex-presidente da CBF e seu padrinho político, com quem rompeu após a revelação do caso.
Os áudios a que o Esporte Espetacular teve acesso estão incluídos nas investigações contra Caboclo na Comissãosaque bwinÉtica da CBF, no Ministério Público do Riosaque bwinJaneiro e no Ministério Público do Trabalho. A conversa foi gravada pela funcionária no dia 1ºsaque bwinabrilsaque bwin2021, três semanas depoissaque bwinRogério Caboclo ter se dirigido a ela como "cadelinha" e ter oferecido a ela biscoitosaque bwincachorro durante uma jornadasaque bwintrabalho na casa dele, São Paulo.
O dirigente pergunta:
– O que te aborreceu essencialmente? Foi uma conversa que a gente tevesaque bwinSão Paulo?
Ela responde que "não quer falar", mas confirma o motivo. Ele continua:
– Definitivamente as minhas palavras vinham a seu serviço, na minha concepção burra e talvez machista [...]. O que eu queria dizer era larga desse homem, esquece dele, e faleisaque bwinforma errada.
Ela responde:
– Mas não foi isso, né, Rogério? Vocêsaque bwinnovo me chamousaque bwincadela do [...] e buscou um biscoito do Paçoca para me dar.
Ele admite:
– Mas foi um erro.
Paçoca é o nome do cachorro do dirigente. Em outro trecho dessa mesma conversa, Rogério Caboclo oferece "ajuda financeira" para a funcionária.
– Não sei se estou invadindo uma coisa que não me pertence, mas assim ela [em referência à irmã da funcionária] me parece sersaque bwinmelhor amiga. O que você precisa? Se falar: "Rogério, tô com um problema financeiro". A gente vai resolver. "Rogério, eu tô com um problemasaque bwinum lapso que eu precisosaque bwinum descanso" [...]. Eu aceito qualquer alternativa que você me dê. Desde um auxílio financeiro até um períodosaque bwinfolga, mas isso não é o horizonte final daquilo que eu pensosaque bwinrelação a você. Me diz o que mais eu posso fazer ?
Ela responde:
– Nada, nada, nada. Nada. Vai passar. Eu só precisosaque bwinum tempo.
Oito dias depois dessa conversa, no dia 9saque bwinabril, a funcionária pediu licença médica da CBF. No dia 4saque bwinjunho, ela apresentou a denúncia à Comissãosaque bwinÉtica da CBF. Procurada pela reportagem, a defesasaque bwinRogério Caboclo respondeusaque bwinnota e enviou um vídeo:
– O presidente da entidade não cometeu nenhum tiposaque bwinassédio, o que é comprovado por pareceressaque bwinalguns dos mais renomados juristas do país. A conversa entre Rogério Caboclo esaque bwinsecretária deixa evidente a relação amistosa entre eles. Caboclo demonstra solidariedade com o momento difícil pelo qual a secretária passava, após a perda da mãe e do avô, além do términosaque bwinum relacionamento. Imaginar que o oferecimentosaque bwinajuda naquele momento fosse qualquer tiposaque bwincompensação por um suposto problema anterior é descontextualizar os fatos e tentar construir uma imagem equivocada sobre o presidente da CBF. O presidente da CBF não reconhece os termos mencionados pela secretária na gravação, mas reforça que manteve conversassaque bwinambiente informal com a funcionária e, na própria gravação, ele se desculpa por algum comentário que possa tê-la ofendido. Rogério Caboclo ressalta que nunca teve a intençãosaque bwinofendê-la ou prejudicá-la.
Advogadasaque bwinCaboclo, Fernanda Tórtima diz que presidente afastado da CBF não cometeu assédio
O comportamentosaque bwinRogério Caboclo motivou a aberturasaque bwinduas investigações, uma do Ministério Público do Trabalho, outra no Ministério Público do Rio. Em depoimento ao MP, a secretária afirma que outras duas ex-funcionárias da CBF também sofreram assédio por parte do dirigente.
Num dos trechos do depoimento, ela afirma que outra funcionária "não aguentava mais o comportamento do presidente e que,saque bwinum voo a trabalho, ele a teria assediado sexualmente e que esse comportamento passava dos limites, que não aguentava mais a relaçãosaque bwintrabalho, alémsaque bwino presidente estar embriagado com frequência". Essa funcionária pediu demissão por não suportar mais a situação.
Em nota, Rogério Caboclo também negou essas acusações:
– Sobre o suposto assédio a outras duas funcionárias da entidade, Rogério Caboclo afirma categoricamente que isso não existiu e tais depoimentos tampouco constam dos autos.
Na sexta-feira, em outra nota enviada ao ge, a defesa do presidente negou "veementemente o consumosaque bwinbebida alcoólica durante o expediente", seja na CBF ousaque bwinviagens. Ele também declara que não tem problema com o usosaque bwinbebida alcoólica.
Nas últimas semanas, o diretorsaque bwintecnologia da CBF, Fernando França, também apresentou denúncia na Comissãosaque bwinÉtica da entidade contra Rogério Caboclo. Ele acusa formalmente o dirigentesaque bwinassédio moral. No documento, que também foi compartilhado com o Ministério Público, o diretor afirma que Caboclo agia "de maneira ilícita e repugnante".
De acordo com esse diretor da CBF, Caboclo pediu a ele que "grampeasse, monitorasse, quebrasse sigilo fiscal" da funcionária que fez a denúnciasaque bwinassédio.
– Ele queria desqualificá-la para ver se o que ela estava fazendo iria amenizar o que ele fez com ela.
Em depoimento, Fernando França disse que se negou a realizar esses serviços, e então Rogério Caboclo passou a xingá-lo. Esse episódio teria ocorrido no dia 21saque bwinabril, na casa do presidente afastado da CBF. Caboclo teria dito:
– Você é incompetente, você é o maior leva e traz, você é um candinha [...]. Eu preciso das informações. Uma pessoa não vai poder me desqualificar assim. A minha imagem vale milhões, onde já se viu uma p*** fazer isso comigo? Eu quero saber quem mandou fazer isso. Quem são os traidores? Eu preciso dessa informação.
A defesasaque bwinRogério Caboclo afirma que o diretor da CBF está mentindo:
– Rogério Caboclo também afirma ser absolutamente mentiroso o depoimento do diretorsaque bwinTecnologia da Informação da CBF, Fernando França, sobre o suposto pedido para que se instalasse escutas telefônicas e quebrasse o sigilosaque bwine-mails da funcionária denunciante. Está muito claro que quem tem sido vítimasaque bwinvazamentos seletivossaque bwinescutas e grampos ilegais, noticiados pela imprensa, é justamente Rogério Caboclo, desde 2018, quando foi eleito presidente da CBF.
A funcionária que denunciou o presidente afastado da CBF também afirmou,saque bwindepoimento, que se sentiu ameaçada por Rogério Caboclo depois que ele soube da existência das gravações. De acordo com ela, Caboclo teria constrangido um outro diretor, para que ele fizesse chegar a ela o recadosaque bwinque o presidente iria "acabar com a vida profissional" dela.
Em nota enviada porsaque bwindefesa, Caboclo negou essa acusação:
– Trata-sesaque bwinabsoluta mentira. O presidente da CBF, Rogério Caboclo, não fez essa ameaça. Pelo contrário, ele recebeu, por meiosaque bwinterceiros, a ameaçasaque bwinque, caso a CBF não pagasse R$ 12 milhões para a funcionária, ela o acusaria formalmentesaque bwinassédio.
A defesa da funcionária afirma que não pediu dinheiro a Rogério Caboclo, mas que partiu dele uma oferta financeira para ela não mencionar os casossaque bwinque se sentiu assediada.
Nos próximos dias, tanto o Ministério Público do Trabalho quanto o Ministério Público do Riosaque bwinJaneiro vão ouvir mais testemunhas para checar os fatos narrados nos depoimentos já concedidos até aqui. E, então, decidir se apresentam denúncias contra o dirigente.
A Comissãosaque bwinÉtica da CBF também continuasaque bwinprópria apuração. Inicialmente, o órgão afastou Caboclo da presidência por 30 dias. Em 3saque bwinjulho, determinou prorrogação do afastamento por mais 60 dias. No pior cenário possível para o dirigente, ele pode ser banido do futebol. Na semana passada, Rogério Caboclo se recusou a depor na Comissão por considerá-la "parcial".
Enquanto Rogério Caboclo está afastado da presidência, a CBF é comandada por Antonio Carlos Nunes, o Coronel Nunes, vice mais velho da entidade. Caso Caboclo seja destituído, uma nova eleição precisa ser convocada – e dela só podem participar como candidatos os oito vice-presidentes da entidade.
A defesa do presidente da CBF, Rogério Caboclo, vem apresentando reiteradamente os argumentos e provas das ilegalidades que vêm sendo cometidas contra ele pela Comissão deÉtica do Futebol Brasileiro e pela própria diretoria do órgão.
O presidente da entidade não cometeu nenhum tiposaque bwinassédio, o que é comprovado por pareceressaque bwinalguns dos mais renomados juristas do país.A conversa entre Rogério Caboclo esaque bwinsecretária deixa evidente a relação amistosa entre eles.
Caboclo demonstra solidariedade com o momento difícil pelo qual a secretária passava,após a perda da mãe e avô, além do términosaque bwinum relacionamento. Imaginar que o oferecimentosaque bwinajuda naquele momento fosse qualquer tiposaque bwincompensação por um suposto problema anterior é descontextualizar os fatos e tentar construir uma imagem equivocada sobre o presidente da CBF.
O presidente da CBF não reconhece os termos mencionados pela secretária na gravação, mas reforça que manteve conversassaque bwinambiente informal com a funcionária e, na própria gravação, ele se desculpa por algum comentário que possa tê-la ofendido. Rogério Caboclo ressalta que nunca teve a intençãosaque bwinofendê-la ou prejudicá-la.
Sobre o suposto assédio a outras duas funcionárias da entidade, Rogério Caboclo afirma categoricamente que isso não existiu e tais depoimentos tampouco constam dos autos.
Rogério Caboclo também afirma ser absolutamente mentiroso o depoimento do diretor deTecnologia da Informação da CBF, Fernando França, sobre o suposto pedido para que se instalasse escutas telefônicas e quebrasse o sigilosaque bwine-mails da funcionária denunciante.
Está muito claro que quem tem sido vítimasaque bwinvazamentos seletivossaque bwinescutas e grampos ilegais, noticiados pela imprensa, é justamente Rogério Caboclo, desde 2018, quando foi eleito presidente da CBF.