Jogadoras assinam carta aberta à Fifa contra patrocínio saudita: "Um dedo do meio para o futebol feminino"

Atletas protestam contra as violações dos direitos humanos cometidas pelo governo do país árabe, que é um dos patrocinadores das competições da entidade

Por Redação do ge — Riosite de apostas como funcionaJaneiro


Maissite de apostas como funciona100 jogadoras profissionaissite de apostas como funcionafutebolsite de apostas como funcionapelo menos 24 países assinaram uma carta aberta pedindo à Fifa que encerre seu contratosite de apostas como funcionapatrocínio com a Aramco, a estatal petrolífera da Arábia Saudita. As atletas acusam as autoridades do país do Oriente Médiosite de apostas como funcionacometerem "violações brutais dos direitos humanos" e dizem na carta que não querem fazer parte do "encobrimento destas violações".

"O patrocínio da Aramco é um dedo do meio mostrado ao futebol feminino", diz o título da carta publicada nesta segunda-feira no site Athletes of the World.

O site é aberto para mais jogadoras incluírem seus nomes no manifesto. Até o início da tarde, no horáriosite de apostas como funcionaBrasília, não havia brasileiras entre as 108 signatárias. Atletas da elite do futebol mundial lideram o protesto, como a americana Becky Sauerbrunn, bicampeã mundial (2015 e 2019) e campeã olímpica (2012); a canadense Jesse Fleming, campeã olímpicasite de apostas como funciona2021; a holandesa Vivianne Miedema, maior artilheira dasite de apostas como funcionaseleção, com 95 gols.

- Esta carta mostra que isso não é o que nós, jogadoras, defendemos e aceitamos no futebol feminino. É simples: este patrocínio contradiz os próprios compromissos da Fifa com direitos humanos e com o planeta - diz Miedema no site Athletes of the World.

Com passagens pelo futebol saudita, Eduardo e Bruno Henrique revelam como é morar no país

Um contratosite de apostas como funcionaquatro anos assinadosite de apostas como funcionaabril fará com que a Aramco, que é 98,5% estatal, patrocine grandes torneios, incluindo a Copa do Mundo masculinasite de apostas como funciona2026 e a Copa do Mundo femininasite de apostas como funciona2027. As ativistas acusaram a Arábia Sauditasite de apostas como funcionasportswashing, ou seja, que o governo do país esteja usando seu investimento no esporte para encobrir seu histórico ruimsite de apostas como funcionadireitos humanos.

Na carta publicada nesta segunda-feira, as atletas disseram que as meninas que seriam as jogadoras do futuro mereciam muito mais do órgão regulador do esporte do quesite de apostas como funciona"aliança com este patrocinadorsite de apostas como funcionapesadelo". As signatárias enfatizaram:

— As autoridades sauditas têm gasto bilhõessite de apostas como funcionapatrocínio esportivo para tentar desviar a atenção da reputação brutalsite de apostas como funcionadireitos humanos do regime, mas seu tratamento às mulheres fala por si. É por causa dos cidadãos da Arábia Saudita, cujos direitos humanos estão sendo violados, que estamos nos manifestando. Não queremos fazer parte do encobrimento dessas violações — assinaram as jogadoras.

Atacante Miedema, do Manchester City, foi uma das atletas que assinou a carta contra o patrocínio da Aramco — Foto: Martin Rickett/PA Images via Getty Images
Placa da Saudi Aramco, empresasite de apostas como funcionaproduçãosite de apostas como funcionapetróleo, na cidadesite de apostas como funcionaAbqaiq — Foto: Reuters

Em um comunicado enviado ao jornal inglês The Guardian, a Fifa disse que as receitassite de apostas como funcionapatrocínio foram reinvestidas no jogosite de apostas como funcionatodos os níveis, e que o investimento no futebol feminino continuou a aumentar, inclusive para a Copa do Mundo Femininasite de apostas como funciona2023. A Aramco foi procurada pelo jornal britânico, mas não comentou sobre o caso.

No início deste ano, a ativista Manahel al-Otaibi foi condenada a 11 anossite de apostas como funcionaprisão depoissite de apostas como funcionausar as redes sociais para pedir o fim das regras que obrigavam as mulheres a pedir permissãosite de apostas como funcionaum parente do sexo masculino para se casar ou viajar. Uma estudante da Universidadesite de apostas como funcionaLeeds, Salma al-Shehab, recebeu uma penasite de apostas como funciona34 anos por apoiar publicamente os direitos femininossite de apostas como funcionaseu Twitter.

No ano passado, a Fifa foi criticada por planossite de apostas como funcionatornar o Visit Saudi, a autoridade turística do país do Oriente Médio, um dos principais patrocinadores da Copa do Mundo femininasite de apostas como funciona2023, na Austrália e na Nova Zelândia. Ativistas sauditas disseram que a carta das jogadorassite de apostas como funcionafutebol "falou mais alto do que qualquer campanhasite de apostas como funcionarelações públicas jamais poderia".

Governo da Arábia Saudita já havia tentado patrocinar a Copa do Mundo femininasite de apostas como funciona2023 — Foto: Carl Recine / Reuters

As atletas apelaram para que outro patrocinador fosse escolhido no lugar da companhia saudita:

— Pedimos à Fifa que reconsidere essa parceria e substitua a Saudi Aramco por patrocinadores alternativos, cujos valores se alinhem com a igualdadesite de apostas como funcionagênero, os direitos humanos e o futuro seguro do nosso planeta. Uma corporação que tem uma responsabilidade flagrante pela crise climática,site de apostas como funcionapropriedadesite de apostas como funcionaum estado que criminaliza indivíduos LBGTQ+ e oprime sistematicamente as mulheres, não tem lugar para patrocinar nosso belo jogo — concluíram.