Após uma batalha judicial que durou cercapix bet365 siteum ano e meio, a meio-campista islandesa Sara Björk Gunnarsdóttir comemorou nesta terça-feira uma vitória sobre o Lyon no Tribunalpix bet365 siteFutebol da Fifa que joga luz sobre uma situação até então sempre cercadapix bet365 sitedúvidas e preocupações no futebol feminino: o direito à maternidade durante a carreira profissional.
Com apoio jurídico do Sindicato Mundialpix bet365 siteJogadores Profissionais (FifPro), Sara Björk lutou para receber o salário integral por parte do clube durante toda a gestação, até entrarpix bet365 sitelicença maternidade. O Tribunalpix bet365 siteFutebol da Fifa condenou o Lyon, clube oito vezes campeão europeu e considerado referência no futebol feminino mundial, a pagar 82. 094,82 euros à jogadora, valor referente à diferença entre os salários devidos e o que foi efetivamente pago no período.
De acordo com o processo, depoispix bet365 sitedeixar a França para fazer o acompanhamento da gestação com a família, na Islândia, Sara Björk passou a receber do Lyon apenas uma pequena parte do salário, correspondente ao cálculo do seguro social pelas leis francesas. A jogadora alega que viajou para seu país natal,pix bet365 siteabrilpix bet365 site2021, no início da gestação, após entrarpix bet365 siteacordo com o clube francês, já que não poderia continuar jogando.
Sara descobriu a gravidez no iníciopix bet365 sitemarçopix bet365 site2021, e seguiu treinando com a equipe, mas preferiu esperar para contar a novidade. Ficou no banco no primeiro jogo, contra o Brondby, pelas quartaspix bet365 sitefinal da Champions League, e na partidapix bet365 sitevolta, dia 10pix bet365 sitemarço, foi titular e atuou por 60 minutos na Dinamarca.
Duas semanas depois, sentiu enjoos e até vomitoupix bet365 siteum treino, na véspera do clássico contra o Paris Saint-Germain, pela semifinal da Champions. No dia seguinte, foi chamada para entrar no intervalo da partida, mas pediu ao então treinador Jean Luc Vasseur para ficar fora do jogo. Na volta ao Lyon, decidiu que era horapix bet365 sitecompartilhar a notícia com o clube e as colegaspix bet365 sitetime.
- O médico (do Lyon) disse que eu devia pararpix bet365 sitejogar naquele momento. Muitas pessoas na equipe tinham tido Covid, que continuava nos rondando. Estava preocupada com o que poderia acontecer se eu pegasse, não sabia como isso poderia afetar o bebê. Eu só queria levar o restante da gravidêzpix bet365 sitecasa, na Islândia, onde eu poderia falar com os médicos no meu idioma, junto com a minha mãe, meu namorado e minha família. Então eu pedi ao diretor (do Lyon) e ele disse sim - contou Sara Björkpix bet365 siteum artigo publicado nesta terça no site The Players Tribune.
- Mas eu queria voltar ao Lyon depois do parto. Isso era muito claro para mim. Eu pensava que ser a primeira jogadora do Lyon a retornar aos campos após uma gravidez seria algo que todas nós poderíamos comemorar juntas. Então o clube apoiou meu plano, me ajudou com a papelada para o seguro social e eu voei para a Islândia no dia primeiropix bet365 siteabril (de 2021) - prosseguiu a jogadora.
Os planos, no entanto, mudaram tão logo Sara Björk recebeu o primeiro salário após a viagem, muito abaixo do valor integral. Titular absoluta dapix bet365 siteseleção, a islandesa foi contratadapix bet365 sitejunhopix bet365 site2020, após quatro temporadaspix bet365 siteimenso sucesso no Wolfsburg, tetracampeã do Campeonato Alemão e da Copa da Alemanha. Assinou contrato por dois anos com o Lyon, até junhopix bet365 site2022.
Logo no início,pix bet365 siteagostopix bet365 site2020, fez o gol que encerrou a vitória por 3 a 1 sobre seu antigo clube, Wolfsburg, na final da Champions League, a sétima do time francês. No fim da última temporada,pix bet365 sitemaiopix bet365 site2022, já após o nascimentopix bet365 siteRagnar, Sara Björk foi campeã europeia novamente com o Lyon. Reserva, celebrou o títulopix bet365 sitecampo compix bet365 sitecolegapix bet365 sitetime Amel Majri. A francesa já estava afastadas dos gramados,pix bet365 sitereta finalpix bet365 sitegestaçãopix bet365 siteMaryam, que nasceu no iníciopix bet365 sitejulho.
"Uma mãe e uma quase-mãe conquistando a Champions League... inspirador!"
Quando decidiu levar o caso à Justiça, Sara Björk conta que recebeu, através do seu empresário, um aviso da diretoria do Lyon: se for à Fifa, não haverá mais lugar para ela neste clube. Durante o processo, o Lyon tentou mostrar que seguia as regras da legislação do país, e por isso nada devia à jogadora. A defesapix bet365 siteSara, no entanto, alegou que um novo regulamento da Fifa garantia às jogadoras grávidas pagamento integral dos salários.
- Essa regra era bem nova, mas eu lembrava vagamente disso por causapix bet365 siteuma conversa informal com algumas jogadoras uma vez, antespix bet365 siteeu ficar grávida. Eu lembro que falávamos sobre ter filhos, e alguém disse "Ah, mas não há segurança para a gente". E eu lembro especificamente que Jodie Taylor (jogadora norte-americana) estava sentada na mesa, e ela disse que o FifPro estava trabalhando nessa questão da gravidez e da licença maternidade para jogadoras profissionais - relatou Sara Björk no artigo para a The Players Tribune.
Ragnar nasceu no fimpix bet365 site2021, epix bet365 sitejaneiropix bet365 site2022 Sara Björk retornou aos treinos no Lyon, e voltou a jogarpix bet365 sitemarço. Mas,pix bet365 sitefato, não se sentia mais parte do clube, e apenas cumpriu os três meses restantespix bet365 sitecontrato. Em julho do ano passado, a islandesa se transferiu para a Juventus.
- Eu tive direito ao meu salário integral durante a gravidez e até o início da licença maternidade,pix bet365 siteacordo com as regras da Fifa. Isto fazia parte dos meus direitos, e não pode ser questionado, mesmo por um clube grande como o Lyon. Essa vitória é maior do que eu. É como uma garantiapix bet365 sitesegurança financeira para todas as jogadoras que quiserem ter uma criança durantepix bet365 sitecarreira. Não é um "talvez" ou uma incerteza - contou Sara Björk no artigo.
- Eu estou na Juventus agora, e estou feliz. Mas quero ter certezapix bet365 siteque ninguém vai passar pelo que eu passei novamente. E que o Lyon saiba que isso não está ok. Não é "apenas negócio". É sobre meus direitos como trabalhadora, como mulher e como ser humano - afirmou a jogadora.