Copa do Mundo feminina2027: candidatura do Brasil não prevê dinheiro público, diz ministra

Segundo Ana Moser, chefe da pasta do esporte, ideia é utilizar estrutura do Mundial2014oito sedes que ainda serão definidas: "É um momentoconstrução coletiva junto com a CBF"

Por Gabriela Ribeiro e Leonardo Lourenço — São Paulo


A candidatura brasileira para sediar a Copa do Mundo feminina2027 não prevê o usodinheiro público para as estruturas que serão utilizadas no torneio, segundo a Ministra do Esporte, Ana Moser, afirmouentrevista exclusiva ao ge.

A CBF, com apoio do Governo Federal, é uma das confederações candidatas a receber a competição – que no domingo terá a final entre Espanha x Inglaterra na edição que está sendo disputada na Austrália e na Nova Zelândia.

Brasil pode receber a Copa do Mundo femininafutebol2027

Além do Brasil, há outras três candidaturas: a da África do Sul, uma dos Estados Unidos e do México (que2026, com o Canadá, receberão a Copa do Mundo masculina), e outra conjunta das confederações da Holanda, Bélgica e Alemanha.

– Estamos no começo ainda desse processo, (temos) até o final do ano para apresentar o caderno (de encargos). É um momentoconstrução coletiva junto com a CBF – afirmou Ana Moser.

– Não existe e muito provavelmente não existirá investimentoobras para a Copa do Mundo (de 2027). O investimento (público) que existirá será no legado para o desenvolvimento do futebol feminino – completou a ministra, que neste mês lançará uma estratégia nacional para o futebol feminino, um conjuntoações, projetosleis e programas com foco no esporte.

Ana Moser, ministra do esporte — Foto: Thiago Gadelha/SVM

As candidaturas precisam entregar o projeto completo à Fifa até dezembro. A federação internacional prevê vistorias locaisfevereiro e definir a sedemaio do ano que vem.

De acordo com Ana Moser, o Brasil quer ter oito sedes –2014 foram 12 –, aindadefinição, e os aparelhos construídos ou reformados para o Mundial disputado há nove anos serão utilizados.

– A capacidade dos estádios é menor (em comparação ao torneio masculino), então há uma flexibilidade para escolher. Um dos pontos a favor da nossa candidatura é o fatotermos esse legado da Copa2014, não é preciso grandes investimentos.

Ana Moser diz que por enquanto o governo trabalha apenas na candidatura à Copa feminina, mas ela não descarta que o Brasil busque sediar outros grandes eventos esportivos:

– Não é a prioridade, o foco realmente é na Copa do Mundo eimplantar o Sistema Nacional do Esporte. Mas o Brasil é um país enorme, é uma vocação. Então é algo que fatalmente irá acontecerreceber grandes eventos, não só na áreaesporte, masoutros setores. Por enquanto, é a Copa do Mundo (feminina).