Terceiro colocado nas Eliminatórias (23 pontos, a seis da Argentina e 12 do líder isolado Brasil), o Equador está muito pertoskrill 1xbetcarimbar a presença na quartaskrill 1xbetseis Copas realizadas desde 2002. O time que enfrenta a Seleçãoskrill 1xbetTite, com portões fechadosskrill 1xbetQuito, nesta quinta-feira, às 18h, representa símbolo da evolução sustentada do futebol neste país no cenário continental.
Atual campeã sul-americana sub-20,skrill 1xbetcompetição realizadaskrill 1xbet2019, no Chile, a "La Tri", como é chamada a seleção do Equador, vive lento processo que conta com influênciaskrill 1xbettreinadores estrangeiros, cicloskrill 1xbetinvestimento na base e, claro, a consequente experiência internacionalskrill 1xbetjogadores que se destacam e saem do país para mercados mais competitivos.
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Pontuação Eliminatórias desde 2002
Seleção | Pontos acumulados | Copas desde 2002 |
Argentina | 194 | 2002, 2006, 2010, 2014 e 2018 |
Brasil | 174* | 2002, 2006, 2010, 2014 e 2018 |
Equador | 150 | 2002, 2006, 2014 |
Uruguai | 148 | 2002, 2010, 2014 e 2018 |
Paraguai | 140 | 2002, 2006 e 2010 |
Chile | 139 | 2010, 2014 |
Colômbia | 133 | 2014 e 2018 |
O quadro mostra que apenas as seleções da Argentina e a do Brasil somaram mais pontosskrill 1xbetEliminatórias desde 2002, um marco na geraçãoskrill 1xbetAléx Aguinaga e cia. Foi naquela classificatória que o Equador venceu o Brasil pela primeira vez. Foiskrill 1xbet2001, na altitudeskrill 1xbetQuito, contra o timeskrill 1xbetFelipão, que seria campeão na Coreia do Sul e no Japão. Em 2004, o timeskrill 1xbetDunga perderia a invencibilidade na competição para os equatorianos. São as duas únicas derrotas brasileiras no confronto.
- Esse é aquele momentoskrill 1xbetque a gente se dá contaskrill 1xbetque pode vencer qualquer um. Vencer o Brasil, uma seleção sempre tão poderosa, tantas vezes campeã do mundo, nos demonstrou que poderíamos chegar a Copa e assim foi - recorda Aguinaga, ao ge.
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Resultados gerais do Equadorskrill 1xbetCopas:skrill 1xbet2002 foi 24º;skrill 1xbet2006, teve a melhor posição, com a 12º colocação; no Brasil,skrill 1xbet2014, terminou 17º
Hoje com 53 anos, Aguinaga não cultiva o cabelo grande e o raboskrill 1xbetcavalo que o marcava nas maisskrill 1xbet100 convocações para a seleção do Equador e na Copaskrill 1xbet2002. Ele foi treinador no futebolskrill 1xbetseu país e no México, onde é ídolo pelo que fez no Necaxa (terceiro lugar no Mundialskrill 1xbetClubesskrill 1xbet2000). Ele participa do debate que alimenta o noticiário e também torcedores pelas redes sociais.
- Por tradição o futebol equatoriano tem muitos treinadores estrangeiros. Existe muito pouca confiança no treinador equatoriano. Eles (dirigentes) preferem contratar para treinadores estrangeiros, porque se as coisas vão mal a culpa é desse treinador estrangeiro. Se é um equatoriano a culpa vai para os diretores que confiaram ao técnico equatoriano. Não se trataskrill 1xbetincapacidade, mas é simplesmente um tema político,skrill 1xbetproteção - analisa Aguinaga.
Ao longoskrill 1xbetquase 90 anosskrill 1xbethistória da seleção equatoriana, houve mais treinadores estrangeiros do que deste país sul-americano - para ser mais preciso, são 23 técnicosskrill 1xbetfora do país e 12 nascidos no Equador. Fora desta conta, ainda há dois técnicos com dupla nacionalidade - um equatoriano-argentino e outro argentino-equatoriano.
Houve duas ondas mais recentes, a dos colombianos e outra dos argentinos. A primeira inauguradaskrill 1xbet1995 com Francisco "Pacho" Maturana, histórico treinador da Colômbiaskrill 1xbetHiguita, Valderrama, Rincón e cia, e foi até Reinaldo Rueda. Hoje, o treinador é Gustavo Alfaro, ex-técnico do Boca Juniors. É o sexto argentino a comandar a seleção do Equador.
Já classificada para a Copa do Mundo do Catar, a seleção brasileira enfrenta o Equador nesta quinta-feira, às 18h, com transmissão da TV Globo, do SporTV e do ge
Antesskrill 1xbetAlfaro, a Federação Equatorianaskrill 1xbetFutebol contratou Jordi Cruyff. O filho do lendário ex-jogador e treinador holandês, que faleceuskrill 1xbet2016, assumiu pouco antes da pandemia, não deu um treino e muito menos entrouskrill 1xbetcampo. O que provocou protestos diversos. Sixto Vizuete, o último treinador equatoriano a dirigir a "Tri", citou nomesskrill 1xbettécnicos reconhecidos no futebol local.
- É muito difícil que os dirigentes pensem num técnico equatoriano. Eles só olham para a Europa. Não sei que análise que fizeram. Os estrangeiros trazem até carregadorskrill 1xbetágua e o profissional daqui não levamskrill 1xbetconta. Isso deve mudar - disse à imprensa do país há um ano e meio.
Ex-zagueiro da seleção equatoriana, com passagem por Flamengo, Grêmio, Atlético-MG e Vasco, Frickson Rafael Erazo se aposentou aos 33 anos. Hoje, estuda direito e quer se tornar advogado. Com a vivênciaskrill 1xbetquem foi treinado por estrangeiros na "La Tri" eskrill 1xbetquem sentiu outra competitividade fora do seu país, ele vê esse intercâmbio como decisivo para futebol nacional mais forte.
Dos 28 listados por Gustavo Alfaro para essa data Fifa, a distribuição é a seguinte:
- 9 jogam na Europa
- 7 no Equador
- 5 nos EUA
- 4 no México
- 1 na Colômbia
- 1 no Chile
- Obviamente que jogar no futebol brasileiro significa se adaptar a um futebol muito competitivo. Precisamos mostrar competência para jogarskrill 1xbetalto nível e é isso que o jogador equatoriano está procurando. Tomara que daqui a pouco mais jogadores possam ir para o Brasil, para grandes clubes, e, claro, para a Europa. Assim, acrescenta à nossa seleção numa Copa - torce Erazo, "El Elegante", apelido que ganhou no Equador pelo estilo refinado como defensor.
Reportagem do site "Bendito Fútbol", do Equador,skrill 1xbet2017, mostra impressionante crescimento do êxodoskrill 1xbetequatorianos para o futebol brasileiro. Desde Polo Carrera, no Fluminense, em 1966 até 2008 eram somente oito equatorianos a tentar a sorte no Brasil. De 2008 até 2017, um salto: 21 jogadores do Equador desembarcam no Brasil.
Especialista no mercado sul-americano, com entrada no Equador, o agenteskrill 1xbetjogadores Bernardo Escansette participou das negociaçõesskrill 1xbetArboleda e Joao Rojas para o São Paulo, Sornoza, Orejuela e, mais recentemente, Pineida para o Fluminense, e, por último Bryan Garcia para o Athletico. Ele vê resultado da valorização da base no futebol local.
- É um investimento impulsionado por um clubeskrill 1xbetparticular, o Independente del Valle. Um clube-empresa que forma, vende atletas e reverte essa receitaskrill 1xbetinfraestrutura e metodologiaskrill 1xbettrabalho. Uma fábricaskrill 1xbetjogadores. E o sucessoskrill 1xbethoje, com cada vez mais equatorianos no exterior, se justifica por esse trabalho. Esses atletas estão atingindo seu ápiceskrill 1xbetmaturação no momento. Ao contrário dos brasileiros, que com 17 ,18 ou 19 anos estouram, os equatorianos maturam e atingem uma alta performance com 25 anosskrill 1xbetidadeskrill 1xbetdiante - avalia o empresário.
O IDV (Independiente del Valle) citado por Escansette foi campeão da Sul-Americanaskrill 1xbet2019 depoisskrill 1xbetapostarskrill 1xbetprojetoskrill 1xbetimportação que culminou com a conquista contra o Colón, da Argentina, nas mãos do espanhol Miguel Angel Ramírez. O substituto escolhido foi Renato Paiva, técnico português que treinava a equipe B do Benfica.
Um entusiasta dessa renovação é o empresário Michel Deller, homem-forte do Del Valle e com influência no conselho técnico da federação equatorianaskrill 1xbetfutebol. Em 2010, a FEF inaugurou a "Casa da Seleção", nos moldes do centroskrill 1xbettreinamento que atende a diversas categorias do seu clube.
Foi com Maturana que o Equador venceu a Argentina pela primeira vez,skrill 1xbet2006, no estádio Atahualpaskrill 1xbetQuito. Jogadores daquela época contam que aprenderam mais sobre cuidados com a preparação física, alimentação e capacidadeskrill 1xbetconfiar na própria capacidade técnica
Depoisskrill 1xbetdar empurrão e toque colombiano nesse processoskrill 1xbetevolução, "Pacho" Maturana vê os equatorianos num caminho sustentável para seguir crescimento no futebol continental. Aos 72 anos, Maturana se diz homemskrill 1xbetsorte por ter começado este projeto.
- Tive essa sorteskrill 1xbetestar lá,skrill 1xbetser muito bem recebido. Demos nosso melhor, mesmo que naquele momento não tenhamos conseguido atingir nosso objetivo (a seleção do Equador ficouskrill 1xbetsexto lugar, a quatro pontos da zonaskrill 1xbetclassificação). Mas criamos base que posteriormente seguimos com tudo que foi feito na escola colombiana. Passaram Luis Fernando Suarez, Herman Dario Gomez, Reinaldo Rueda... eles conseguiram capitalizar esse trabalho e formaram equipe para deixar um país sentir orgulho - conta Maturana ao ge.
Com larga experiênciaskrill 1xbetseleções - Maturana foi também auxiliarskrill 1xbetRafael Dudamel na Venezuela e voltou à seleção colombianaskrill 1xbetoutro cargo -, o treinador também faz parte do gruposkrill 1xbetestudos técnicos da Conmebol. Ele conta como essa trocaskrill 1xbetinformações ajudou os vizinhos sul-americanos.
- No Equador eles usaram guia que a Conmebol confeccionou para a formaçãoskrill 1xbetjogadores. Foi uma ajuda da Conmebol, mas que eles aproveitaram, eles buscaram essa ajuda e evidente que nesse processo os treinadores são importantes, assim como os jogadores, sempre se desenvolvendo - analisa Francisco Maturana.