De um lado, o alto consumo pela população brasileira888 poker 88alimentos ultraprocessados; do outro, a onda "clean label" ou rótulo limpo, tendência mundial888 poker 88procura por alimentos minimamente processados, com menos ingredientes e aditivos, mais naturais.
O guia da população brasileira, na888 poker 88última edição, alertou para importância da qualidade alimentar e para a necessidade888 poker 88reduzir a ingestão888 poker 88alimentos ultraprocessados e aumentar a ingestão888 poker 88alimentos in natura e minimamente processados.
Alimentos ultraprocessados são ricos888 poker 88sal, açúcar, gordura e aditivos. Possuem alta palatabilidade, ou seja, são mais saborosos, e têm maior tempo888 poker 88prateleira, maior validade. Seu consumo tem alta correlação com doenças crônicas não transmissíveis, como obesidade e diabetes.
Estudo recente realizado por Kevin D. Hall e colaboradores, do National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Diseases (Instituto Nacional888 poker 88Diabetes e Doenças Renais e Digestivas), dos Estados Unidos, comparou a ingestão888 poker 88dieta com alimentos ultraprocessados e888 poker 88dieta "não processada".
Vinte indivíduos (idade média888 poker 8831 anos e IMC 27kg/m², com sobrepeso) foram admitidos888 poker 88um ambiente hospitalar para participar888 poker 88duas etapas do estudo, com duas semanas cada etapa. Receberam 100% da alimentação e foram orientados a comer "ad libitum", ou à vontade, o que desejavam. Ambas as dietas foram equilibradas888 poker 88energia, macronutrientes (carboidratos, gorduras e proteínas), sal, açúcar e fibras.
Observaram que a ingestão energética foi maior durante a dieta ultraprocessada (cerca888 poker 88500 kcal/dia a mais), com aumento no consumo888 poker 88carboidratos (cerca 280 kcal) e gorduras (cerca888 poker 88230 calorias), mas não888 poker 88proteínas. Observou-se ganho888 poker 88peso (cerca 900g) durante o período da dieta ultraprocessada e redução888 poker 88peso (cerca888 poker 88900g) durante a dieta "não processada".
Quando comemos alimentos ultraprocessados, comemos mais, é difícil controlar a quantidade.
Isso confirma a necessidade888 poker 88reduzir o consumo888 poker 88alimentos ultraprocessados, que possuem alta palatabilidade e estimulam a comer mais, e aumentar a ingestão888 poker 88alimentos in natura e minimamente processados para prevenir e tratar excesso888 poker 88peso e obesidade e suas complicações, entre elas diabetes, hipertensão arterial, cardiopatias e câncer.
No outro polo, temos a tendência "clean label" ou rótulo limpo. As pessoas estão mais preocupadas888 poker 88saber o que realmente os alimentos processados contêm, como foram cultivados, qual a888 poker 88procedência e forma888 poker 88produção. Querem conhecer as marcas e seus propósitos.
Estão procurando por uma alimentação mais natural, com ausência ou com menor número888 poker 88aditivos artificiais; se houver corantes ou adoçantes, que sejam naturais.
Quanto menor o número888 poker 88ingredientes e mais conhecidos e naturais, melhor para saúde. Não sabemos a longo prazo qual o prejuízo para a saúde888 poker 88tantos conservantes, corantes, realçadores888 poker 88sabor, aditivos888 poker 88geral. Por enquanto, temos a certeza da888 poker 88correlação com ganho888 poker 88peso e obesidade.
Literatura:
HALL, K.D. et al. Ultra-Processed Diets Cause Excess Calorie Intake and Weight Gain: An Inpatient Randomized Controlled Trial of Ad Libitum Food Intake. Cell Metab. 2019, v.30, n.1, p. 67-77.
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