VCT Américas 2024: Leo Faria explica decisões sobre vaga da Guard

Diretor da Riot Games deu as justificativaspor que vaga não passou para os jogadores, nem outra equipe entrou no lugar da desclassificada

Por Redação do ge — São Paulo


O head globalesports do Valorant na Riot Games, o brasileiro Leo Faria, se pronunciou sobre as decisões tomadas no caso da desclassificação da norte-americana The Guard do VCT Américas 2024. Ele deu a posição da empresapor que não permitiu que os jogadores prejudicados encontrassem outra organização e não repassou a vaga para a 2ª colocada no VCT Américas Ascension. Os atletas da The Guard foram pegossurpresa com a notícia e as decisões da desenvolvedora provocaram uma enxurradacríticas nas redes sociais.

Leo Faria, head globalesports do Valorant na Riot Games,entrevista coletiva antes da reta final do Valorant Champions 2023 — Foto: Stefan Wisnoski/Riot Games

Primeiro, Leo Faria disse que a vaga não poderia ser dada aos jogadores para outro clube assumir o lugar porque, na prática, a participação na liga franqueada não pode ser comprada.

— Da forma como nosso caminho para o profissional foi projetado, é justo presumir que uma equipejogadores livres pode eventualmente chegar aos Challengers e até mesmo vencer o Ascension. Queremos ver cinco amigos sonhandochegar ao topo e estamos preparados para essa ocasião. Caso um timefree agents chegue a uma liga internacional, os jogadores terão a oportunidadeencontrar uma organização que os apoie na liga internacional — contextualizou o o diretor antesfalar do caso da The Guard.

— Esta situação particular é diferente. Uma vez que a equipe jogou o Challengers e o Ascension sob a bandeira da The Guard e tornou-se agente livre após o fato. Permitir uma aquisição por uma organização diferente abre agora a porta para a vendavagas no VCT, o que não permitimos.

O executivo também justificou por que a vaga não poderia ser repassada para a M80, a equipe norte-americana que perdeu a final do torneio classificatório para a The Guard, ou outros times subsequentes na classificação do Ascension.

— A segunda solução que consideramos foi promover a segunda classificada M80, no entanto, isso também criaria precedentes questionáveis. O objetivo do Ascension é recompensar o desempenho e, por mais excelente e talentosa que seja a M80, classificar uma equipe que não venceu o torneio derrota esse objetivo. A promoção é obtida no jogo, não fora dele.

No longo comunicado, publicado maissete horas depois do anúncio da desclassificação da The Guard eque o VCT Américas continuaria tendo dez times no ano que vem, Leo disse que a situação era lamentável e desanimadora.

O executivo argumentou que todos os times participantes dos Challengers sabem pelo que estão jogando desde o início da temporada e disse que, imediatamente após a conclusão do Ascension, iniciou o processointegração dos novos times no VCT Américas, no VCT EMEA e no VCT Pacífico, mas que a The Guard nunca concluiu o procedimento, o que fez a Riot tomar "uma decisão muito difícil para não comprometer o início da temporada no próximo ano".

Ele escreveu que a Riot quer "ótimas organizações" participando do Valorant competitivo e que, portanto, mantém padrões elevadosqualidade. Acrescentou que,contrapartida, oferece praticamente todos os mesmos benefícios tanto para os clubes parceiros quanto para aqueles classificados por meio do Ascension.

Com exceção do dinheiro das skins com as marcas das equipes, que, segundo Leo, é exclusiva para os clubes parceiros, todos os outros benefícios, como incentivos financeiros, premiações e receita obtida com os itens do Valorant Champions, são os mesmos para todos.

— Estamos muito decepcionados pelos jogadores que competiram durante toda a temporada e não poderão se classificar como equipe devido a circunstâncias foraseu controle. Por mais doloroso que seja tomar esta decisão, temos a responsabilidadeproteger a integridade do esporte e faremos sempre o que for melhor a longo prazo — concluiu o executivo.