Pokémon TCG: brasileira recorda luta contra Covid, assédio e títulos

Nathália Fernandes é referência no cenário competitivo do jogo

Por João Reis — Rio1xbet peJaneiro


Um dos jogos1xbet pecartas mais bem-sucedidos dos últimos 20 anos, Pokémon Trading Card Game (TCG) é um dos grandes êxitos da franquia1xbet pePikachu e companhia. No cenário competitivo, milhões1xbet pejogadores constroem o melhor baralho possível com objetivo1xbet pevencer os principais torneios do planeta. Uma das mais notáveis representantes do Brasil é Nathália Fernandes,1xbet pe26 anos. A jogadora é destaque no meio e coleciona títulos nos eventos regionais1xbet peSão Paulo, além1xbet peparticipações no Campeonato Mundial.

Nathália conheceu o Pokémon TCG no fim1xbet pe2011, com apenas 16 anos,1xbet peGoiânia. Depois1xbet pevisitar uma loja do ramo e se interessar pela temática, buscou instruções do jogo na internet. Apesar das dificuldades no início, ela montou o próprio deck1xbet pecartas e nunca mais parou1xbet pejogar.

— São muitas mecânicas diferentes no jogo, então tive que lidar com essa complexidade no começo. Precisei me dedicar depois que conheci o cenário competitivo, pois achava que era um jogo no qual as pessoas só se reuniam no fim1xbet pesemana com os amigos pra batalhar — disse Nathália.

Nathália Fernandes, jogadora1xbet pePokémon TCG — Foto: Reprodução

Os primeiros passos1xbet peNathália no jogo foram com auxílio do "TiuSam", uma das principais referências1xbet peTCG no Brasil. Em 2012, depois1xbet pepoucos meses1xbet petreinamento, ela decidiu disputar o campeonato nacional e alcançou o top 8 do torneio, usando Quad Terrakion como o pokémon daquela jornada. Nathália também se aventurou no video Game Championship (VCG), mas não conseguiu se adaptar ao estilo1xbet pejogo eletrônico.

— São jogos completamente diferentes, principalmente1xbet perelação às táticas e evolução dos pokémons. Eu uso o VCG apenas para treinamentos antes dos torneios, mas a integração dele com o TCG acaba sendo boa e benéfica — opinou.

A jogadora já participou1xbet pevários torneios regionais. O1xbet pemaior destaque foi na temporada 2016-20171xbet peSão Paulo, quando foi campeã com um deck1xbet pepokémons composto por Reshiram, Giratina e Flareon EX. Em 2018 alcançou o top 16 da América Latina e foi convidada para ir a Londres disputar o Mundial, torneio pelo qual compete desde 2013.

— É um evento incrível. Pude ver os melhores jogadores do mundo e conhecer diversas pessoas. Além das amizades novas, me diverti. Em duas oportunidades estive1xbet peLondres por causa do Pokémon e foi um local bem legal1xbet peter conhecido — comentou.

Nathália com os amigos no Mundial1xbet pe2019 — Foto: Reprodução

1xbet pe Obstáculos superados

Em agosto1xbet pe2019, durante o Campeonato Mundial1xbet peTCG, realizado1xbet peWashington, Nathália foi vítima1xbet peviolência sexual, que envolveu um outro jogador brasileiro. Além1xbet peouvir comentários impróprios durante a viagem, ela revela ter sofrido investidas no quarto1xbet pehotel que compartilharam.

— O evento1xbet pesi foi traumático. No início foi doloroso e depois ficava irritada por sentir vergonha. Eu demorei para voltar a competir, pois achava que as pessoas falavam algo sobre mim e era muito desconfortável — revelou.

Três dias após o ocorrido, Nathália decidiu usar o Twitter para relatar o episódio. O depoimento1xbet peNathália alcançou grandes proporções e chamou atenção da comunidade1xbet pePokémon TCG, principalmente para que outros casos também fossem denunciados.

— Eu não ia contar nada, porque tinha medo da opinião das pessoas. Enquanto algumas me apoiaram, outras julgaram meu relato como um discurso errado. Eu decidir falar para que outras mulheres denunciassem os assédios que já sofreram. Se ninguém falar nada vai ser sempre o achismo, por isso vi o quão importante era contar meu caso — expôs.

Apesar das barreiras, o público feminino1xbet pePokémon TCG segue com objetivo1xbet pealcançar espaço no Brasil e no mundo. Em 2021, a Pokémon Company realizou um evento que reunia os melhores jogadores1xbet peTCG do mundo que apresentaram alto desempenho entre os anos da 2014 e 2019. Ainda que1xbet pemenor número - Nathália Fernandes e a alemã Lydia Hombach foram as únicas mulheres do torneio que contava com 8 pessoas - o sentimento da brasileira é1xbet peorgulho pelo crescimento da representatividade feminina nos principais campeonatos do jogo.

— Nos últimos anos percebi um grande número1xbet pemeninas no Mundial. Fico feliz1xbet peter bastante mulher no jogo. O TCG é para todas as pessoas — contou a jogadora.

Nathália é uma das referências brasileiras no cenário1xbet peTCG — Foto: Reprodução

1xbet pe Duas paixões

Além do TCG, Nathália também tem amor por outra atividade: a1xbet pesalvar vidas. Graduada desde 2020, a médica precisou administrar o tempo para conseguir lidar com a rotina da faculdade e com os torneios1xbet pePokémon.

— Foi difícil conciliar tudo porque minha faculdade era integral e ainda tinha o estágio1xbet pealguns finais1xbet pesemana. Fui franca com os professores e expliquei a importância do Pokémon pra mim. Alguns me apoiaram enquanto outros não entendiam o sentido1xbet petudo aquilo — relatou.

Nathália se tornou médica1xbet pedezembro1xbet pe2020 — Foto: Reprodução

Após conseguir o diploma da vida acadêmica, Nathália começou a trabalhar1xbet peum hospital1xbet peSão Paulo e esteve na linha1xbet pefrente na batalha contra a Covid-19. Para ela, a pandemia foi bastante difícil e traumática, principalmente1xbet perelação ao medo da contaminação.

— Levou tempo para assimilar tudo, fiquei muito ansiosa e preocupada. Era difícil atender pessoas e contar que elas estavam contaminadas. Tentava conversar1xbet pemaneira tranquila para não as abalar emocionalmente — explicou.

Nathália Fernandes esteve na linha1xbet pefrente da batalha contra a Covid-19 — Foto: Reprodução

Depois da chegada da vacina, a médica se tranquilizou e acredita que a pior fase da pandemia já aconteceu. Nathália pretende fazer pós-graduação no próximo ano e se especializar1xbet peclínica médica, além1xbet peseguir na disputa dos torneios regionais e do Mundial1xbet peTCG.

— Minha residência deve ter média1xbet petrês anos e quero continuar jogando TCG. Com a minha rotina vai ser difícil conciliar Pokémon e plantões médicos, mas já consegui uma vez e vou tentar novamente — concluiu.

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