Há um ano, o jogador profissionalcassino 365Fortnite, Blackoutz , revelou que foi diagnosticado com depressão. Considerado um dos maiores nomes da modalidade, o atletacassino 36521 anos não se classificou para o Campeonato Mundialcassino 3652019 e a perda da vaga pesou ainda mais nesse transtorno psicológico.
- Não foi por causa do mundial, mas foi algo que agravou com alguns problemas pessoais que eu tinha na época. Passei a me cobrar mais, ficar mais nervoso. Depois da world cup até penseicassino 365pararcassino 365jogar - dissecassino 365entrevista exclusiva ao ge.
Blackoutz disse ainda teve a ajudacassino 365especialistas para descobrir a doença.
- Fui a um psiquiatra que me diagnosticou com a depressão. Eu não queria aceitar que eu estava com isso, só aceitei porque o médico falou. Eu não percebia - afirmou o atleta que passou um longo períodocassino 365tratamento psicológico, e que o apoio da família também foi importante na recuperação.
- A Ingrid [namorada do atleta] também me ajudou demais. Foi a principal pessoa que me apoiou pra eu não afundar - completou.
A revelação do jogador acende um alerta sobre a saúde mentalcassino 365atletas que, tão novos, já precisam lidar com vários tiposcassino 365pressão. No Fortnite, especificamente, os jogadores se profissionalizam cada vez mais cedo.
- Penseicassino 365não competir mais, ficar só gravando conteúdo, porque eu não tava conseguindo jogar bem. Eu pensava que estava ficando velho, isso não saía da minha cabeça. Hoje tem molequecassino 36513 anos que é fisicamente infinitamente melhor que eu. Não tem as preocupações que eu tenho. Então acabam jogando mais leves - disse Blackoutz.
Para o paicassino 365Cadu, jogador que começou a competir aos 13 anos, o apoio familiar tem sido constante para manter a cabeça do atleta saudável.
- Temos uma família bastante sólida, e isso faz com que ele tenha segurança e tranquilidade. Nós nos organizamos com nossas atividades para darmos apoio e também suporte. Mesmo eu trabalhandocassino 365dois serviços, e a mãe dele trabalhando também, nos revezamos até com o irmão dele pra que sempre seja acompanhado durante nossa ausência - disse Révis Moura.
Para Murilo Centrone, psicólogo e conselheiro do Conselho Regionalcassino 365Psicologiacassino 365São Paulo, o apoio familiar é importante. Mas não é a única solução para preparar os jovens atletas para lidar com a pressão psicológica.
- Apoio familiar, apoio financeiro, apoiocassino 365profissionais especializados, tudo isso favorece a saúde do jogador. Para exemplificar, alguém que não se alimenta bem, acaba não rendendo bem, e isso pode ter consequências para o psicológico - explicou.
- Se você tem intençãocassino 365seguir carreira profissional, você precisa pensarcassino 365manejos adequados. Por exemplo a presençacassino 365nutricionista, médico, fisioterapeuta, psicólogo, tudo relacionado. Mas a gente sabe que poucos têm condiçõescassino 365bancar tudo isso por conta própria, o que poderia garantir um ambiente saudável pra que a profissão seja realizada - afirmou.
Diferentes fatores influenciam na saúde mental dos jogadores. Um dos principais, segundo os próprios atletas, é a pressão e o "hate" dos comentários feitos por quem assiste às partidas durante as transmissões ao vivo.
- Quando você morre por uma bobeira, ao invéscassino 365respirar,cassino 365pensarcassino 365fazer melhor, você olha pro chat e já vê o povo falando mal. 'Foi rulado, foi amassado, foi acabado'. Sem querer seu subconsciente fica martelando, e você acaba piorando. Ou fica com medocassino 365fazer algo que sabe, ou tenta fazer uma jogada mais bonita pra agradar - e acaba piorando a situação - disse o atleta e streamer Zugorow.
Zugor, que está no competitivo do Fortnite há maiscassino 365dois anos, disse que foi difícil lidar com as críticas.
- Num período curto eu ganhei bastante com premiação, mas isso passa. Os mais novos chegam. E você começa a receber críticas - o que me fez até ficar um tempo fora do competitivo - confessou o jogadorcassino 36525 anos.
A dificuldadecassino 365aceitar que está sendo superado, é outro problema que costuma trazer pressão para os profissionais.
- Inicialmente eu ficava bem triste, no começo não foi fácilcassino 365lidar. Foi bem difícil. Foi quando tomei a decisãocassino 365pararcassino 365jogar focadocassino 365ganhar. Minha família via que eu estava me estressando, não dormia bem, vivia ansioso. E eles falaram para eu focar no que gostava. Então foqueicassino 365criar conteúdo, e jogar os campeonatos sem a pressãocassino 365ganhar - disse.
Zugor não foi o único que decidiu focar mais na criaçãocassino 365conteúdo. Calango, que hoje tem maiscassino 3652 milhõescassino 365inscritos no youtube, decidiu abandonar o competitivocassino 365setembro do ano passado após nove meses disputando campeonatos.
- É simplesmente porque é frustrante. O competitivo precisacassino 365um psicológico que eu não tenho no momento, e eu nao sei se algum dia eu possa ter. Talvez eu possa com um acompanhamento psicológico, mas atualmente eu não tenho - disse no vídeo da épocacassino 365que anuncioucassino 365saída das competições.
- Quando acabava o campeonato eu me sentia horrível, sentia que eu nao tava dando meu melhor, sentia que as pessoas iam me julgar demais. Todo finalcassino 365campeonato eu acabava me sentido muito mal, pesava muito no meu psicológico - completou.
Para Centrone, os jovens atletas precisamcassino 365apoio para entender que as conquistas não vão durar pra sempre.
- Você sabe que pra atuar no competitivo, você tem que se manter naquele nível, e quecassino 365uma hora ou outra você vai ser superado. Em qualquer esporte, os mais novos vão chegando e tomando o espaço. E a psicologia tem muito a contribuir nesse sentido, como uma orientação adequada do manejo dessas situações - finalizou.