Barroca e Zé Ricardo contam bastidores da vidamelhores lugares para apostartécnico: “Vive aos pedaços”

Técnicos participammelhores lugares para apostareventomelhores lugares para apostarlançamentomelhores lugares para apostarlivro que mostra um pouco da realidademelhores lugares para apostarum treinadormelhores lugares para apostarfutebol, para além dos 90 minutos à beira do campo

Por Davi Barros — Riomelhores lugares para apostarJaneiro


Roberto Maleson apresenta livro Vidamelhores lugares para apostarTécnico no Redação Sportv

O dia a diamelhores lugares para apostarum treinadormelhores lugares para apostarfutebol vai muito além dos 45 minutos mais acréscimos que norteiam cada tempomelhores lugares para apostarum jogo. É isso que mostra o livro "Vidamelhores lugares para apostarTécnico - Bastidores, histórias e desafiosmelhores lugares para apostarum treinadormelhores lugares para apostarfutebol no Brasil",melhores lugares para apostarRoberto Maleson, lançado nesta sexta-feira, no Maracanã com a presença dos treinadores Eduardo Barroca e Zé Ricardo.

Entre as dificuldades que caminham junto dos técnicos estão aquelas que pouca gente vê ou nota no dia a dia. A falta da família, a forma como ela lida com a distância e até a própria relação com o futebolmelhores lugares para apostarsi moldam um pouco dos arredores da vidamelhores lugares para apostarum treinador. Para Barroca, que tem passagens por times como Botafogo, Bahia e Avaí mais recentemente, a dificuldademelhores lugares para apostarlidar com a distância da família é a questão mais complicada.

- Infelizmente minha família não tem capacidademelhores lugares para apostarme acompanhar. Tenho uma filhamelhores lugares para apostarnove anos e ummelhores lugares para apostarseis com autismo. Tentei criar uma redemelhores lugares para apostarapoio fixa para minha esposa com minha mãe, meu sogro e minha sogra, para que ela tenha a quem recorrer. Além da questão da saudade também tem a sobrecargamelhores lugares para apostartodas as atribuições que deveriam ser divididas entre nós dois. E a gente também tem uma vidamelhores lugares para apostarsolidão. É muito comum na nossa classe ter treinadores que nao conseguem manter um casamento ou uma família porque você vive aos pedaços.

Zé Ricardo caminha para outro lado. Em vezmelhores lugares para apostardeixar a esposa e filhomelhores lugares para apostaruma cidade fixa, ele os leva consigo, mas isso também carrega um preço. Assim como toda profissão, ele considera que tem um lado bom e um lado ruim, mas que muitas vezes essa relação familiar não é vista por todo mundo que o cerca.

- Essa semana eu estive numa psicopedagoga para tentar entender as dificuldades do meu filho na escola. Foram seis ou sete mudançasmelhores lugares para apostarcidade e três ou quatro escolas diferentes. Moramos fora (no Japão) e ele estava numa escola internacional, mas quando volta tem dificuldade mesmo que sejamelhores lugares para apostaruma no mesmo formato. Ele tomou ojeriza pelo futebol, não gostavamelhores lugares para apostarver bola. Quando era muito pequeno presenciou uma brigamelhores lugares para apostartorcida atrás do banco e nesse mesmo jogo estava tendo muitos xingamentos ao treinador, que era o pai dele.

Roberto Maleson, Zé Ricardo e Eduardo Barroca no lançamentomelhores lugares para apostar"Vidamelhores lugares para apostarTécnico" — Foto: Davi Barros / ge

Zé Ricardo e Eduardo Barroca representam uma pequena parcela daqueles treinadores que chegam a comandar uma equipe grande do futebol brasileiro, mas a maioria não chega a esse nível. Eles mesmo começaram pelas divisõesmelhores lugares para apostarbase, no extinto clube Sendas, hoje denominado Audax.

Lá, realizavam alémmelhores lugares para apostartrabalhosmelhores lugares para apostarcampomelhores lugares para apostartreinamento e na hora dos jogos, também eram os responsáveis por garotos que estavam na busca do sonhomelhores lugares para apostarser jogadormelhores lugares para apostarfutebol. Barroca conta, por exemplo, que uma vez a cada dois domingos era ele quem levava os meninos alojados no clube para eventos culturais, alémmelhores lugares para apostarser quem acompanhava as reuniões nas escolas dos garotos.

Muricy Ramalho detalha problemamelhores lugares para apostarsaúde que o fizeram encerrar a carreiramelhores lugares para apostartécnico

melhores lugares para apostar Relação com jogadores e família deles

Alçados ao profissional após anosmelhores lugares para apostarsucessomelhores lugares para apostartrabalhos na base, Zé Ricardo e Barroca muitas vezes têm que lidar não só com os egos dos jogadores, mas também daqueles que os cercam. Segundo o ex-técnico do Flamengo, houve um períodomelhores lugares para apostarque a famíliamelhores lugares para apostarLucas Paquetá ameaçava tirar o garoto do clube que o revelou.

- Em determinado momento a mãe do Paquetá dizia “esse treinador…". Eu fui para o Sendas e depois voltei para o Flamengo, a gente roda todos os jogadores, ainda mais no sub-15. Em determinado momento, ele com dificuldade, pequeno e magro, mas talentosíssimo, a mãe dele chega e diz que vai levar para outros times. Quando ele sobemelhores lugares para apostarcategoria, eu subo também e já fica aquela desconfiança (risos). Mas ele estoura na Copa São Paulo e depoismelhores lugares para apostarum tempo os pais me encontram num restaurante e agradecem pelo trabalho que foi feito.

No casomelhores lugares para apostarBarroca, o "problema" foi com a esposamelhores lugares para apostarum medalhão que ele não quis revelar o nome. Depoismelhores lugares para apostardeixar o jogador na reserva durante um tempo, esse jogador passou a entrarmelhores lugares para apostarcampo e terminou o ano como protagonista na equipe. Em determinado momento, quando sentam para conversar, o técnico escuta: "a minha mulher te odiava".

Mas o treinador entende que faz parte do ofício. Para ele, é importante lembrar que muitas vezes os jogadores são os responsáveis não só pela renda da família, mas às vezes atémelhores lugares para apostaruma região inteira.

- Os jogadores são os protagonistas dos núcleos. Um deles, Paulo Baya, era a principal pessoa da cidade dele no Pará e da região. O Avaí estava na primeira divisão e ele não jogava… Então, sofria uma pressão e chegavamelhores lugares para apostarcasa recebendo mensagensmelhores lugares para apostartoda uma região.

Antonio Lopes diz que o Vasco é o clubemelhores lugares para apostarsua vida

Roberto Maleson é jornalista, repórter do Espião Estatístico no ge.globo e um dos idealizadores da página Rotatividade dos Técnicos. A ideiamelhores lugares para apostarir além das notícias que escancaram a volatilidade da vidamelhores lugares para apostartreinador veio após o acompanhamento do dia a dia dos técnicosmelhores lugares para apostarfutebol e para mostrar a instabilidade da profissão.

- O intuito é mostrar ao público e ao apaixonado por futebol tudo que envolve a vida do treinadormelhores lugares para apostarfutebol. São muitos desafios na vida pessoal e profissional. E muita gente não tem noção do tamanho disso. Este livro mostra ali um poucomelhores lugares para apostarcomo é ser treinador na prática.