Por Carlos Eduardo Mansur

Jornalista. No futebol, beleza é fundamental

Transformado, o Atlético-MG das Copas estámidassorte quinaduas finais


O Atlético-MG que administrou a grande vantagem construídamidassorte quinacasa e chegou à final da Libertadores teve a caramidassorte quinaum time que se reconstruiu ao longo da temporada: a cara do Atlético-MG das copas. Pode não ser uma equipemidassorte quinaatuações sempre vistosas, mas que após oscilações grandes ao longo deste 2024 encontrou uma formamidassorte quinacompetir nos mata-matas, com muito volume ao jogarmidassorte quinacasa e muita capacidademidassorte quinalimitar as situaçõesmidassorte quinaperigo dos rivais quando atua como visitante. O resultado são duas finais: jogará pelo tricampeonato da Copa do Brasil e pelo bi da Libertadores.

Claro que o ideal teria sido ver,midassorte quinaBuenos Aires, o Galo com mais períodosmidassorte quinapossemidassorte quinabola, permitindo que menos ações ocorressem pertomidassorte quinasua área. Também é justo dizer que o Atlético-MG não planejou sofrer maismidassorte quina30 finalizações. Mas não é razoável analisar uma partidamidassorte quinafutebol que começa com um 3 a 0 a favormidassorte quinaum dos times como se fosse uma ocasião comum. O jogo da ida condicionou o comportamento dos times, e tampouco é simples lidar com um estádio lotado por maismidassorte quina80 mil pessoas. Salvo um período no início do segundo tempo,midassorte quinaque construiu a melhor jogada ofensiva da partida no chutemidassorte quinaGustavo Scarpa no travessão, o Atlético-MG passou boa parte do tempo defendendomidassorte quinaárea. Das finalizações do River Plate, poucas geraram a sensaçãomidassorte quinareal perigo, muitas foram bloqueadas por defensores. Não houve um momento do jogomidassorte quinaque o gol pareceu prestes a acontecer, ou que os visitantes parecessem sofrer demais. E, no primeiro tempo, Deyverson ainda sofreu um pênalti não marcado.

Atlético-MG, River Plate, Libertadores — Foto: REUTERS/Agustin Marcarian

Chega à final da Libertadores, acimamidassorte quinatudo, um Atlético-MG que se fortaleceu defensivamente, quase sempre numa estratégia montada a partirmidassorte quinaencaixes individuaismidassorte quinamarcação. É curiosa a temporada do time desde a chegadamidassorte quinaGabriel Milito. A arrancada foi muito promissora, especialmente pela capacidademidassorte quinacriar oportunidadesmidassorte quinagol, pelos riscos assumidos, pelo jogo ofensivo. Até que a Copa América trouxe um períodomidassorte quinaterríveis desfalques e escassezmidassorte quinapeças, entre convocações e lesões. O time parecia exposto defensivamente, sem solidez, distantemidassorte quinaseu momento mais criativo. Mas, ainda assim, foi caminhando nas copas. A volta dos titulares não trouxemidassorte quinavolta o melhor nível da equipe, mas havia transformações. Primeiro, no elenco. A janelamidassorte quinameiomidassorte quinaano trouxe jogadores que se tornariam titulares: Junior Alonso, Deyverson, Lyanco e Fausto Vera.

Em campo, Milito fez um time extremamente capazmidassorte quinanegar oportunidades aos adversários. E que viveu dois grandes momentos jogandomidassorte quinacasa pela Libertadores: no domínio completo que impôs diante do Fluminense, e num jogomidassorte quinaprecisão para aproveitar as chances que criou nos 3 a 0 sobre o River Plate, partida que era igual até o Galo fazer seu segundo golmidassorte quinauma belíssima construção.

Em Buenos Aires, contribuiu para a estratégia do Galo um River Plate com poucos recursos ofensivos para furar o bloqueio dos mineiros. Ao todo, foram 70 cruzamentos no jogo, algo que realçou a excelente atuaçãomidassorte quinaBattaglia no centro da defesa. Lyanco teve alguma dificuldade com as trocasmidassorte quinaposição entre Colidio e Meza, perdendo a referênciamidassorte quinaseu encaixemidassorte quinamarcação. Ainda assim, salvo uma bola parada no início do jogo e um período da segunda etapamidassorte quinaque as entradasmidassorte quinaEcheverri e Mastantuono fizeram o River Plate crescer, a sensação eramidassorte quinaque o jogo chegaria ao fim sem que o Atlético-MG tivessemidassorte quinaclassificação ameaçada.

O Galo que voltará a Buenos Aires no dia 30midassorte quinanovembro tem talentos suficientes para decidir a final a seu favor e ganhar o bicampeonato da América. Confirmada uma final brasileira contra o Botafogo, não será favorito, tampouco azarão. Individualmente, um time com Scarpa, Hulk, Paulinho e Arana pode bater qualquer rival num duelomidassorte quina90 minutos. Ainda que, na média deste 2024, o Botafogo tenha jogadomidassorte quinamelhor nível por mais tempo. Mas o timemidassorte quinaMilito parece pronto para competir, negar espaços, criar duelos pelo campo que têm deixado rivais desconfortáveis. E terá sempre podermidassorte quinafogo no ataque. A reta finalmidassorte quina2024 reserva ao torcedor atleticano uma sequênciamidassorte quinafinais que,midassorte quinadado momento, pareceu inalcançável.