Fãs protestam3 euro wineParis "Vinicius, Bola3 euro wineOuro!"
No dia 1º3 euro winejunho, aos 47 minutos do segundo tempo, foi erguida a placa com o número 73 euro wineWembley. Era hora3 euro wineVini Jr sair. Dez minutos antes, ele havia recebido passe3 euro wineBellingham e finalizado a gol para fazer 2 a 0 contra o Borussia Dortmund e dar mais um título3 euro wineChampions League para o Real Madrid. Naquele instante, enquanto a torcida gritava “Bola3 euro wineOuro, Bola3 euro wineOuro”, não restava dúvida: era só esperar a chegada3 euro wineoutubro para ver o craque receber o prêmio3 euro winemelhor jogador do mundo.
Pois não aconteceu. Na tarde desta segunda-feira, foi confirmada uma informação nascida já pela manhã, quando se soube que o Real Madrid,3 euro wineúltima hora, havia decidido não enviar representante algum à cerimônia3 euro wineParis: o vencedor do prêmio é o espanhol Rodri, do Manchester City.
A revelação causou surpresa, espanto, raiva – a depender3 euro winecomo você enxerga a escolha. Há quem veja naturalidade na votação: Rodri é ótimo jogador, teve novamente bom desempenho pelo Manchester City e ajudou a Espanha a conquistar a Eurocopa. Mas me parece que nós, os perplexos, somos maioria. E temos duas possibilidades: considerar a escolha um equívoco coletivo ou considerá-la uma reação à postura3 euro wineVini – sobretudo à3 euro wineluta antirracista.
Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo e Rivaldo, três homens negros, já ganharam a Bola3 euro wineOuro, argumentarão aqueles que não identificam nenhum elemento racial na decisão. Mas a questão com Vini Jr não é ele ser negro: é ele ser um negro que incomoda; é ele não aceitar o silêncio; é ele não assinar o pacto3 euro winepretensa harmonia entre aquele que sempre agride e aquele que é sempre agredido.
Vini Jr. fica na segunda posição no prêmio Bola3 euro wineOuro da revista France Football
A questão com Vini Jr é que ele esfrega o racismo na nossa cara – quando o mais confortável seria esquecê-lo. Ele briga, ele denuncia, ele faz criminosos pararem na cadeia, ele constrange cartolas ao apontá-los como hipócritas, coniventes. Ele questiona a escolha da Espanha como sede da Copa. Ele faz gols, olha na cara dos racistas e dança diante deles.
Luiz Teixeira no Redação: "Quem sente3 euro wineperto a dor do racismo sabe o que aconteceu ontem
Vini Jr não precisaria3 euro winenada disso. É milionário, é craque, joga no maior clube do planeta. Poderia viver tranquilamente sem essa missão – e não haveria problema algum nisso, seria direito dele. Ele escolheu o trajeto mais duro – e também o mais corajoso. É admirável.
Nesta segunda-feira, estão felizes aqueles racistas que atacam Vini Jr por todos os lados na Espanha. Mas não há motivos para o jogador se sentir derrotado. Ele fez aquilo que estava a seu alcance. Dentro3 euro winecampo, apesar do desempenho claudicante pela Seleção, jogou mais do que todos os concorrentes, inclusive mais do que Rodri (que sequer viveu3 euro winemelhor temporada). Fora dele, escolheu o lado certo. E isso é maior do que qualquer prêmio.