Pela primeira vez na natação olímpica, dois baianos disputam a mesma prova

Breno Correia e Guilherme Caribé tentam repetir medalha conquistada por Edvaldo Valérioesporti bet2000

Por Gabrielle Gomes e Stella Ribeiro* — Salvador


Se tem uma coisa que baiano sabe fazer é história. E nos Jogos Olímpicosesporti betParis 2024 não seria diferente. Pela primeira vez, dois soteropolitanos vão disputar a mesma prova nas Olimpíadas: o revezamento 4x100m livres, na natação. Breno Correia e Guilherme Caribé estão entre os representantesesporti betuma prova que traz boas recordações para a capital da Bahia.

Confira a agendaesporti betcompetições da Olimpíada neste sábado (20)

Nascidosesporti betSalvador, Breno Correia e Guilherme Caribé iniciam a trajetória nas Olimpíadasesporti betParis neste sábado, a partir das 6h (horárioesporti betBrasília). [Saiba onde assistir].

A única vez que o Brasil garantiu o pódio na categoria foi no dia 16esporti betsetembroesporti bet2000, com o baiano Edvaldo Valério, na Olimpíadaesporti betSidney, 24 anos atrás. Junto com Gustavo Borges, Fernando Scherer e Carlos Jayme ele faturou o bronze no revezamento 4x100m nado livre. À época com 22 anos, o 'Bala' se tornou o único nadador negro medalhista olímpico.

- Quem sabe não teremos ele na final? Porque eu acredito muito nesse revezamento. É um revezamentoesporti betmuita tradição. E aí não tem como trazer o paralelo com Edvaldo Valério, porque foi nossa última medalhaesporti betrevezamento, a histórica medalhaesporti betSidney - disse Alex Pussieldi, comentaristaesporti betnatação.

A conquistaesporti betEdvaldo serviuesporti betinspiração para muitos brasileiros. Em especial, um bem próximo a ele. O baiano viu o surgimentoesporti betuma nova geraçãoesporti betnadadoresesporti betperto. Guilherme Caribé é exemplo disso. O 'Bala' acompanhou as primeiras braçadas do garoto, que hoje fazesporti betestreiaesporti betOlimpíadas, como contouesporti betentrevista exclusiva ao ge.

Edvaldo Valério acompanhou o crescimentoesporti betGuilherme Caribé — Foto: Arquivo Pessoal

- Eu vi o crescimento dele dentro do esporte. Tenho relação com a família e com o treinador dele, aquiesporti betSalvador. Gui é um moleque que quebrou todas as minhas marcas aqui. Os meus recordes baianos, Gui trucidou. É um cara que hoje eu tenho uma torcida especial. Entendendo a dificuldade que será, a primeira participação dele - disse o medalhista olímpicoesporti bet2000.

"O fato dele já estar lá, já o possibilita e credencia a brigar pela medalha", disse Edvaldo

De esperança à realidade da natação. Aos 21 anos, Guilherme Caribé participa dos Jogos Olímpicos pela primeira vez na carreira. Agora,esporti betParis, ele vai disputar duas provas: revezamento 4x100m livres e 50m livres e 100m livres.

- Acredito que seja o sonhoesporti bettodo atleta, ir para os Jogos Olímpicos. Estou, sim, realizando um sonho que tenho desde pequeno - disse Caribé.

Guilherme Caribé comemora mais uma marca nos 50m livre — Foto: CBDA

esporti bet Breno Correia

Diferenteesporti betGuilherme Caribé, Breno Correia conhece bem a competição. É a segunda vez na carreira que ele disputa os Jogos Olímpicos. A primeira foiesporti bet2021,esporti betTóquio, durante a pandemia da Covid-19.

Ao longo da trajetória, Breno Correia teve um professor que o Brasil conhece bem: Cesar Cielo, primeiro brasileiro a ser campeão olímpico na natação,esporti betPequim 2008. Os dois treinaram juntos, e a relação acabou indo além das raias.

Breno Correia ao ladoesporti betCesar Cielo — Foto: Arquivo Pessoal

- Falando do Cesão, foi um prazer ter treinado com ele por um ano e meio. Lembro que quando eu chegueiesporti bet2017 no Pinheiros, passou uma semana e ele foi apresentado no clube. Ele estava voltando a nadar, passou aproximadamente oito meses fora. E eu lembro que eu olhava para ele deslumbrado. É justamente aquela coisaesporti betinspiraçãoesporti betrelação a fã e ídolo - disse Breno Correia,esporti betentrevista exclusiva ao ge.

"Pude compartilhar algumas experiência com ele nesse períodoesporti betum ano e meio. Ele me dava dicas,esporti betrelação a braçada. Ele é um cara que me passava dicas ao longo do treino", relata Breno.

Eesporti betuma coisa Breno pode ter certeza. O campeão olímpico estaráesporti betParis torcendoesporti betperto pelo pupilo.

- As minhas expectativas para Breno são as melhores possíveis. Espero que ele faça os melhores tempos da vida dele, que ele conquiste os melhores resultados. A nossa expectativa, como brasileiro, éesporti betmedalha. Os revezamentos do Brasil 4x200, 4x100 estão muito bem - disse Cesar Cielo,esporti betentrevista exclusiva ao ge.

"Vi um nadador talentoso treinar do meu lado, acho que ele tem todas as ferramentas aí, grandes sonhos representar a natação baiana com muita classe. E, se Deus quiser, voltar com uma medalha", comenta Cielo.

Breno disputa os mundiais desde 2019, mas ficouesporti betfora da edição do último ano, no Japão, devido a um inícioesporti bet2023 turbulento. Depois, teve bom desempenho nos Jogos Pan-Americanosesporti betSantiago, do mesmo ano, trazendo para casa duas medalhasesporti betouro nos revezamento 4x200m e 4x100m livres masculinos.

Agora, ao lado do conterrâneo Guilherme Caribé, Breno faz história com a dobradinha baianaesporti betuma piscina olímpica. Para deixar o roteiro ainda mais bonito, tentam repetir outro baiano e voltar para casa com uma medalha no peito.

*Sob supervisão do repórter Rafael Teles