Promessa do boxe baiano, Keno Marley se inspirablaze aestrelas da modalidade e mira Olimpíadas

Pugilistablaze a22 anos já conta com título mundial, prata no Pan-Americano e busca vaga para os Jogos Olímpicosblaze aParis,blaze a2024

Por Tiago Reis, Samara Figueiredo e Rafael Carmo* — Salvador


Conheça a históriablaze aKeno Marley, baiano campeãoblaze aboxe e promessablaze amedalha olímpica

A Bahia é um celeiroblaze agrandes atletas do boxe, como Bia Ferreira, Hebert Conceição e Robson Conceição, que já representaram o estado no lugar mais alto do pódioblaze adiversos campeonatos, inclusive nas Olimpíadas. Mais uma promessa do boxe baiano, o pugilista Keno Marley,blaze a22 anos, se prepara para a disputa do Pan-Americanoblaze aolhoblaze auma vaga nas Olimpíadasblaze aParis,blaze a2024 [assista à reportagem acima].

Este ano, o pugilista conquistou a medalhablaze aouro no torneio Belgrado Winner, na Sérvia, e no Mundial da Bulgária,blaze afevereiro. Agora, Keno Marley se prepara para a disputa do torneio Pan-Americano, que acontecerá no Paraguai e vale vaga nos Jogos Olímpicosblaze aParis.

Keno Marley visita Centroblaze aTreinamentoblaze aBoxe e Artes Marciais — Foto: TV Bahia

- Eu pareiblaze ausar a palavra "sonho" e passei a usar "objetivo". Terminou as Olimpíadasblaze aTóquio e meu objetivo era ser medalhista mundial. Consegui ser medalhista, fui vice-campeão mundial. Este ano temos jogos Pan-Americanos, que vale vaga para Paris 2024, então meu objetivo é ser campeão pan-americano e garantir a vaga para as Olimpíadasblaze aParis, e,blaze amaio, temos o Campeonato Mundial, e quero chegar na final para sair com a medalhablaze aouro - revelou o atleta.

blaze a Início da trajetória

Keno Marley começoublaze atrajetória no boxeblaze aConceição do Almeida-BA. Junto com seu irmão, Keno entrou no mundo do esporte virtualmente, por meioblaze afilmes e documentários que exibiam a históriablaze aboxeadores. Segundo ele, após fazer a primeira luta no grupoblaze aescoteiros, não conseguiu largar o boxe.

- Começou no Recôncavo Baiano, na cidadeblaze aConceição do Almeida, onde eu e meu irmão tínhamos um vínculo muito forte com o boxe, gostávamosblaze aassistir a lutas e ver filmes do Mohammed Ali [lutadorblaze aboxe americano]. Eu e meu irmão fazíamos parte do grupoblaze aescoteiro, e um dos professores ministrava aulasblaze aboxe no mesmo espaço, e meu irmão mais velho começou a praticar. Aí, a convite dele, eu fui assistir e treinar, e a partir desse dia eu não parei mais. Então acabava que eu tinha uma paixão muito grande naquilo e eu gostoblaze atodos os atletas. Aí, hoje, eu convivo com os atletas olímpicos e eu tenho eles como imagem e referência para mim - relembrou o lutador.

Segundo Keno Marley, a convivência com o boxe desde a infância e ablaze aevolução na modalidade para chegar ao alto rendimento foram essenciais para ganhar experiência e mudarblaze avida.

- O boxe pra mim tem uma representatividade muito forte. Conheci maisblaze a28 países, tenho uma vivência muito ampla, conheci muitas pessoas. [O esporte] proporcionou uma melhoria bem grande não só na minha vida, mas na das pessoas que dependemblaze amim ou que me acompanham e que se inspiramblaze amim.

"Então, o boxe hoje é a minha vida" .

blaze a Obsessão olímpica

O Brasil tem uma históriablaze aglórias recentes no boxe olímpico. A partirblaze a2012, nos Jogosblaze aLondres, o país ganhou relevância na categoria após Esquiva Falcão conquistar a medalhablaze aprata, e Yamaguchi Falcão e Adriana Araújo ganharem medalhasblaze abronze. A partir daí, foram dois ouros, uma prata e um bronze para atletas brasileiros.

Brasileiros que chegaram à final olímpica:

  • Esquiva Falcão - pratablaze aLondres (2012)
  • Robson Conceição - ouro no Rioblaze aJaneiro (2016)
  • Hebert Conceição - ouroblaze aTóquio (2020)
  • Bia Ferreira - pratablaze aTóquio (2020)

Desses finalistas, três são da Bahia: Robson Conceição, Bia Ferreira e Hebert Conceição. Inspirado por essas estrelas do boxe, Keno Marley se apega ao inícioblaze acarreira vencedor e pretende garantir vaga nas Olimpíadasblaze aParis para fazer história na competição, com mais uma medalha para o esporte baiano.

- Meu primeiro título relevante foiblaze a2018, quando fui campeão continental e venci os Jogos Olímpicos da Juventude. Em 2019, fui prata no Pan-Americanoblaze aLima, e vice-campeão mundialblaze a2021. Estou construindo uma história, e vivenciar com esses atletas olímpicos como Hebert é muito gratificante. A gente fez o cicloblaze aTóquio juntos e temos boas histórias por lá. Então, essa vivência com atletas como Hebert, Bia, Abner é muito importante, eu aprendo muito com eles. São atletas jovens como eu e temos uma vivência muito grande proporcionada pelo esporte - disse Keno.

Keno Marley Machado no Mundialblaze aboxe — Foto: Srdjan Stevanovic/Getty Images

Keno Marley disputou a Olimpíadablaze aTóquio,blaze a2021, mas caiu nas quartasblaze afinal para o britânico Benjamin Whittaker.

Além da busca por títulos no futuro próximo, Keno Marley demonstrou preocupação com o destino do boxe nas gerações que estão por vir. Em visita ao Centroblaze aTreinamentoblaze aBoxe e Artes Marciais Waldemar Santana,blaze aSalvador, ele ressaltou a importânciablaze auma estrutura adequada para a prática do esporte e projetou o futuro da modalidade nos próximos anos.

- É bem complicado o esporte, até a nível nacional. Temos poucos espaços como esses. Quanto mais espaços assim, maior o númeroblaze aatletas. Teremos mais "Kenos Marleys", "Robsons", "Heberts". Isso é importante tanto para nós, atletas, termos estrutura para treinar, quanto para os jovens que estão iniciando ou até aqueles que já iniciaram, mas não têm lugar para treinar - alertou.

*Estagiário sob supervisão do repórter Tiago Lemos