Vander lembra estreiabingo onlineRonaldinho no Flamengo e jovens barradosbingo onlinefestas
Aos 34 anos, Vander passou metade da carreira Tailândia, onde segue como jogador profissional. Mas antesbingo onlineescolher o país no sudeste asiático como destino, o meia viveu boas histórias no futebol brasileiro. Em entrevista exclusiva ao ge, ele lembrou os momentos mais marcantes, como a troca do Bahia pelo Vitória e os dias ao ladobingo onlineRonaldinho Gaúcho no estrelado Flamengobingo online2011.
"Era um sonho que eu vivia diariamente", afirma.
— Todo dia, dividir vestiário com aqueles jogadores... Não só o Ronaldinho, que dispensa comentário, mas Thiago Neves, Léo Moura, Renato Abreu. Maior orgulho da minha carreira ter jogado naquele Flamengo — conta Vander ao ge.
Vander lembra com euforia os momentos que dividiu com Ronaldinho dentrobingo onlinecampo. Só não pôde acontecer fora dele, já que as festas eram um privilégio para os veteranos. Imposição esta que não vinha do R10, mas, sim, do técnico Vanderlei Luxemburgo.
— Aconteciam muitas festas. O treinador era o Vanderlei Luxemburgo, que não deixava os mais jovens saírem. É claro que se fosse no Riobingo onlineJaneiro, não tinha como controlar. Mas quando jogava fora, se ganhava o jogo, sempre tinha uma festinha. Por exemplo, ia jogarbingo onlineCuritiba, ganhava o jogo e iria voltar para o Rio no outro dia. Aí sempre tinha uma festinha, Ronaldinho organizava. O Luxemburgo deixava os jogadores irem, mas não os jovens. Molequebingo online20, 21 anos... Eu, Negueba, Diego Maurício, éramos proibidos — lembra Vander.
Vander lembra medobingo onlinehistórico Santos 4 x 5 Flamengo
Vander foi titular do Flamengo na estreiabingo onlineRonaldinho Gaúcho,bingo online2011. O meia relembra com orgulho sobre atmosfera do Maracanã naquela partida contra o Nova Iguaçu. Outro dia que não sai da cabeçabingo onlineVander é o 5 x 4 contra o Santos, pelo Brasileirão daquele ano. Ele assistiu ao jogo do bancobingo onlinereservas e "agradece" por isso.
"Eu lembro que foi um dos poucos jogos que eu tive medobingo onlinejogar", revela Vander.
— Quando estava 4 a 4, o Thiago Neves sentiu alguma coisa. E aí ele saiu. O Luxemburgo me chamou, cheguei a tirar o colete para entrar. Ele pediu para esperar. Voltei para o banco, e acabou que o Thiago Neves dá a assistência para o quinto gol, para Ronaldinho. Eu estava com as pernas tremendo, muito nervoso. Estava muito tempo parado por causa da lesão. Estava voltando nesse jogo. A Vila Belmiro, com Neymar, Elano, Ronaldinho, Thiago Neves, só craque. E eu, molequebingo online21 anos. Aquele jogo eu senti. Acabou que eu nem entrei — completou o meia.
Os golsbingo onlineSantos 4 x 5 Flamengo pelo Campeonato Brasileirobingo online2011
A lesão citada por Vander atrapalhou a passagem do meia pela Flamengo, clube que ele defendeu apenas nove vezes e marcou um gol. Mas o que foi determinante para a saída dele foi uma entrevista para o Globo Esporte. De fériasbingo onlineSalvador, o meia jurou amor ao Bahia e citou o desejobingo onlinevoltar a defender o Tricolor. A declaração não caiu bem na Gávea, e a renovação do empréstimo emperrou ali.
— Um dos principais arrependimentos da minha carreira foi não ter ficado mais um ano, estava tudo acertado com o Flamengo, meu empresário já tinha ido ao Rio e já estava tudo certo. Quando volteibingo onlineférias para Salvador, inclusive acho que foi para uma matéria para o Globo Esporte, falei que meu coração era tricolor, que queria voltar para o Bahia. Melou toda negociação — recorda Vander.
+ Talisca sonha com Seleção, cita ajudabingo onlineJorge Jesus e revela time preferidobingo onlinevolta ao Brasil
+ Ex-Palmeiras lembra romance com Nicole Bahls e rebate famabingo onlinebaladeiro: "Soube conciliar"
+ "Eu me arrependo": onde anda o volante joia do Bahia apresentado no Flamengo ao ladobingo onlineElano
— Diretores do Bahia não gostaram, acho que era o [Paulo] Angioni. Já estava tudo apalavrado, e a declaração minha não pegou bem. Quando você chega num patamarbingo onlinetime como o Flamengo tem que tentar manter. É o máximo no Brasil. E eu querendo jogar. Como ia jogar num time com Ronaldinho, Thiago Neves, Vagner Love, achei que no Bahia teria mais espaço e não poucos minutos — explica o jogador.
Nascido e criadobingo onlineSalvador, a históriabingo onlineVander passa pelos dois principais clubes da cidade. Ele começou a carreira no Bahia, clubebingo onlineque conquistou um acesso para a Primeira Divisão e também um título estadual, fazendo o time sairbingo onlineuma filabingo onlinenove temporadas sem taças. No Tricolor, ganhou as primeiras chances como profissional sob o comandobingo onlineRenato Gaúcho.
— Me dava muita moral, confiança, sou muito grato. Me sinto até orgulhoso porque é um grande treinador do futebol brasileiro, um grande personagem. Mas não mantenho relação com ele. Em jogos no Brasil sempre cumprimentava ele, conversava comigo. Sou muito grato a ele, foi muito importante para mim nos primeiros mesesbingo onlineprofissional, sempre me blindoubingo onlinemuita situação — lembra Vander.
De 2012 para 2013, Vander trocou o Bahia pelo Vitória. A mudança para o maior rival por si só já seria algo polêmico, mas a saída do Fazendão teve ainda trocabingo onlineacusações com a diretoria Tricolor. De um lado, o meia expôs salários atrasados; do outro, a cúpula do Esquadrão alegou deficiência técnica para não renovar o contrato do jogador.
— Escolhi voltar para o Bahia, quando voltei a gente foi campeão baiano, comecei bem o Brasileiro, mas, infelizmente, não me senti valorizado. Fizeram uma proposta baixa, tempobingo onlinecontrato mais um ano e aumento salarial mínimo. Aí surgiu o Vitória, que ofereceu quatro anosbingo onlinecontrato, valorização financeira boa, para mim e minha família. Eu precisava me estabilizar financeiramente, estava começando, tinha 21 anos. A gente ainda tentou com o Bahia, conversou, era a prioridade, mas não senti uma valorização justa no Bahia e aceitei o desafio do Vitória — conta Vander.
+ O atacante que adotou nomebingo onlineastro do pop, foi aprovado por Romário e fez Felipão dançar
+ Destaque no último triunfo do Vitória sobre Fla no Barradão tenta reinício na várzea aos 34 anos
+ Campeão pelo Cruzeiro da Tríplice Coroa reestreia aos 40 anosbingo online2ª divisão da BA: "Chama reacendeu"
O meia revelou que teve receiobingo onlinenão ser bem recebido no Vitória por causa do passado tricolor. Mas a insegurança foi superada, e ele ficou por quatro temporadas na Toca do Leão. No período, venceu o Campeonato Baiano mais duas vezes e também conseguiu um acesso para a Primeira Divisão. Hoje, garante ser mais identificado com o Rubro-Negro.
— Fui bem recebido. Quem me contratou foi o presidente, que conversou comigo, me ligou, o Alexi Portela. Me passou confiança. Na final do Baianobingo online2012, que o Bahia foi campeão, eu acabei brigando com o Wellington, saí na porrada. Nós dois fomos expulsos. E quando fui para o Vitória,bingo online2013, eu pensava: "Será que esse cara vai criar alguma confusão comigo?" [risos]. Mas ele saiubingo online2013. Eu ficava pensando se eles iriam lembrar da confusão. Mas fui muito bem recebido — recorda o meia.
— Apesarbingo onlineter jogado a minha base inteira no Bahia, entreibingo online2001 e fui até 2010, no profissional. Depois fui para o Flamengo, volteibingo online2012, ganhei título baiano e consegui acesso para a Série A com o Bahia. Mas me considero mais identificado com o Vitória. Foi mais intenso. Uma relaçãobingo onlineamor e ódio com a torcida, felizmente conquistei dois baianos, um acesso para a Série Abingo online2015. Para falar a verdade não tenho esse objetivobingo onlineum clube, mas entre os dois me identifico mais com o Vitória - complementa.
Principais feitosbingo onlineVander por Bahia e Vitória:
- Bahia: acesso para Série Abingo online2010 🔼;
- Bahia: campeão baianobingo online2012 🏆;
- Vitória: campeão baianobingo online2013 🏆;
- Vitória: acesso para Série Abingo online2015 🔼;
- Vitória: campeão baianobingo online2016 🏆.
O último anobingo onlineVander no Vitória foi 2016, quando ele dividiu o campo com Marinho. O meia lembra do atacante como um dos melhores jogadores com quem já atuou. Naquela temporada, Marinho marcou 21 gols e deu seis assistênciasbingo online43 jogos. Nas últimas seis rodadas do Brasileirão, ele balançou as redes sete vezes e ainda deu quatro passes decisivos para evitar o rebaixamento do Leão.
— Eu joguei com Kleberson, pentacampeão mundial, Edilson, mas estavam no fim da carreira. Dentrobingo onlinecampo não faziam tanta diferença, proporcional ao nome deles. Marinho foi um cara que me marcou muito,bingo online2016 fazia chover. Ele fazia coisas que eu me perguntava como ele conseguia. Tanto dentrobingo onlinecampo como fora. A gente se dava bem, meio doidinho, alegria. O Escudero também era um jogador muito inteligente, o Willian Farias, o goleiro Gatito. Muitos jogadores bons que gostei. Mas Escudero e, principalmente, Marinho, foram os que mais me impressionaram — afirma Vander.
Em 2017, Vander deixou o Vitória e se aventurou no futebol tailandês, onde segue até hoje. Aos 34 anos, o atacante fala sobre as nova temporadas na Ásia e enxerga a carreirabingo onlinereta final.
— Cheguei aquibingo online2017, vim no início do ano, foi a convitebingo onlineum treinador brasileiro que estava aqui. Tive oportunidadebingo onlineir para a Coreia antes,bingo online2015, mas o Vitória não liberou. Como estava acabando meu contrato, aceitei esse desafio, não conhecia nada do futebol tailandês. Mas a proposta financeira era boa, e acabei aceitando esse desafio — explica Vander.
— Estou começando a pensarbingo onlineparar, futebol é complicado. Às vezes está vivendo um momento ruim e quer antecipar e num momento bom acha que dá para jogar uns três, quatro anos. Estou bem ainda, não estou pensandobingo onlineparar, por exemplo, nesta temporada, mas tenho que começar nisso, geralmente a média é 35, 36, 37 anos. Não sei se vai ser no próximo ano, talvez faça planosbingo onlinevoltar ao Brasil se tiver oportunidade boa. Talvez seja o momento, mas não defini nada — completa.
ge: o que mais te marcou na passagem pelo Flamengo?
Vander: Tem coisas do Flamengo que nunca vou esquecer, por exemplo, a estreiabingo onlineRonaldinho. Fui titular com o Engenhão lotado, jogo transmitido talvez para o mundo todo. Sinto muito orgulho, acho que consegui fazer um bom trabalho e aprendi muito.
Como era a relação com Ronaldinho Gaúcho?
— Ele era muito tranquilo. Às vezes, até para reclamar com a gente. Costumo brincar com amigos meus que eu joguei com grandes jogadores e que são humildes. E jogadores que não são tão famosos assim são mais complicadosbingo onlineviver no elenco. Naquele dia foi marcante (dia da estreia). Foi uma festa no Riobingo onlineJaneiro. Tudo parado, uma festa. Um dia marcante. Quando eu subi no túnel tinha o mosaico com "seja bem-vindo R10", com tudo vermelho e preto. Aquele dia eu acredito que me tornei jogadorbingo onlinefutebol. É uma cena que não vai sair da memória.
Apesarbingo onlineter Ronaldinho Gaúcho, Thiago Neves e outras estrelas, aquele Flamengo ganhou apenas o Campeonato Cariocabingo online2011. O que faltou para o time conquistar coisas maiores?
— A gente não foi tão regular na temporada. Fazia jogos maravilhosos, como aquele 5 a 4 contra o Santos, o contra o Cruzeiro no Engenhão, 4 a 0, com show dos caras. Masbingo onlineoutros jogos tropeçava, não mantinha regularidade. O Corinthians e o Vasco tinham grandes times também. Foi uma experiência maravilhosa.
No processobingo onlinesaída do Bahia você chegou a cobrar o clube nas redes sociais. Se arrepende da postura naquela época?
— Me arrependo. Nesse tempo aí eu mexia no Twitter. Hoje nem entro. Coisabingo onlinemoleque, 22 anos, empolgação, fama, conhecendo os primeiros passos. Sairbingo onlineum bairro humilde para ser famoso. Me arrependobingo onlineter ido lá expor, mas nem lembro. Não é da minha personalidade, sou bem tranquilobingo onlinerelação a essas coisasbingo onlinerede social.
Você acompanha o futebol baiano? Pode falar sobre as diferenças do Bahia atual, sob gestão do Grupo City, para o Bahia que você defendeu até 2012?
— No tempo que joguei no Bahia sempre foi muito organizado, nada assustador. Estrutura sempre foi muito boa, ambiente muito bom. Torcida do Bahia dispensa comentários. Joguei com Kleberson no Bahia, Edilson, muito jogadores, Souza, Titi, mas hoje o Bahia estábingo onlineoutro patamar, futebol também mudou. O Bahia tem um elenco forte, talvez seja o mais forte desse século. Em relação a estrutura acredito que esteja melhor.
Quando saiu do Vitória você comentou que se sentia perseguido pela imprensa. Pode explicar melhor como era isso?
— É difícil. Eu acho que, pelo fatobingo onlineser baiano, criabingo onlineSalvador, sair do Bahia para o Vitória, a cobrançabingo onlinemim foi maior. Claro que eu, como jogador, cometi erros, fiz jogos ruins. Eu via jogadores que ganhavam muito mais que eu e que não ajudavam como eu que não tinha essa cobrança. Foram quatro anos vivendo isso. O Vitória até me ofereceu mais um anobingo onlinecontrato, por Anderson Barros, diretor. Mas aí eu queria sair já, estava com 26 ou 27 anos. Eu tinha vontadebingo onlinejogar no exterior. Em 2015 tive vontadebingo onlineir para a Coreia do Sul, um clube me ofereceu proposta boa, mas o Vitória não me liberou. Mas eu tinha essa vontadebingo onlinemudar um pouco, também era bom financeiramente para mim. Mas sempre achei que a cobrança era um pouco demais para o que eu merecia.
Como ébingo onlinerelação com Salvador atualmente? Costuma vir para a cidade nas férias?
— Soubingo onlineSalvador, morobingo onlineSalvador, sempre estou aí nas férias. Moro aí, minha mãe, minhas filhas também morambingo onlineSalvador. Uma vez ano, um mêsbingo onlineférias, sempre estou aí.
Como é abingo onlinerotina na Tailândia? Você gostabingo onlineviver aí ou é apenas o futebol que te segura no país por tantos anos?
— Joguei sete anos no mesmo clube, essa temporada agora que vim para um novo clube. Moravabingo onlineBangkok, na capital. Bangkok é muito bom para morar, tem muito brasileiro. Futebol aqui é muito diferente, calendário mais tranquilo, um jogo por semana,bingo onlinevezbingo onlinequando a liga para duas, três semanas sem jogos. Quando a seleção da Tailândia joga eles param o campeonato duas semanas. Então eu saía muito, viajei muito, Indonésia, Singapura, Japão, conheci tudo aqui, tudo pertinho. Também é muito bonito, tem muitas ilhas aqui. Só que agora estou numa cidade menor, não tem sido tão fácil nesse último desafio, mas nesses sete anosbingo onlineBangkok foi muito bom.
E a alimentação? Tem alguma comida exótica que entrou no seu cardápio depois desse tempo todo?
— Já arrisquei alguns para conhecer. Já comi escorpião, grilo. Mas não é minha alimentação diária. Outros pratos não tive coragem, cigarra, larva, mosquito. Gostei um pouco do escorpião, parece um pouco com camarão frito. No dia a dia como comida brasileira mesmo. Quando venho do Brasil trago estoquebingo onlinefeijão, farinha. Carne e macarrão tem normal aqui. Comida aqui é muito apimentada, é surreal, difícilbingo onlineacreditar como eles comem com tanta naturalidade, muita pimenta. Nesses oito anos não me arrisco, essa comida apimentada é muito difícil.
Depoisbingo onlinenove anos deu para aprender algo do idioma? Como você se comunica aí?
— Idioma é muito difícil, primeiramente porque trabalhei muito tempo com treinador brasileiro, cinco anos. Comunicação era mais direta. Com os jogadores tailandeses a gente falabingo onlineinglês. Uma coisa ou outra eu consigo pegar, no campo, juiz falar alguma coisa, jogador fala, mas é muito difícil. Poucos brasileiros conseguem falar.
O que você pode falar sobre a diferença cultural do futebol no Brasil e na Tailândia?
— Aqui é muito diferente. Parece até outro esporte. Futebol é uma paixão nacional, mas não chega nem perto do Brasilbingo onlinecobrança. A cobrança é interna. O presidente do clube contrata você para fazer a diferença. No Brasil, jogam 11. No Vitória, por exemplo, ninguém cobra mais Matheusinho que Wagner Leonardo. Todo mundo tem a mesma cobrança. Aqui, não. Se você, como estrangeiro, fazer um jogo meia boca, já começam a olhar...Um jogo beleza, mas no terceiro começam a olhar torto. É diferente a cobrança. Já perdi jogobingo online4 a 0, 5 a 0, e a torcida bateu palma no final do jogo. Em relação à torcida, a cobrança é muito pouca. Aqui eles pagam bem. O futebol aqui, onde eu jogo, quando está cheio, o estádio dá 3 mil pessoas. Não tem um retorno. É por amor mesmo. O presidente tira o dinheiro do bolso dele, do negócio que tem. Eu já pensei que a cobrança não estava sendo legal e pensei no retorno ao Brasil. Tem cobrança, masbingo onlinetorcida e imprensa é zero. Você perde, mas a torcida vai aplaudir e dizer que no próximo jogo vai ganhar. No Barradão, com cinco minutos, se errar o passe o estádio caibingo onlinecimabingo onlinemim [risos]. É muito mais difícil. Existe a cobrança aqui, mas é diferente.