Presidente enaltece FFAC e lamenta atual situação: "O futebol do Acre se resume ao Florestão"

Antônio Aquino Lopes reforça que FFAC é única federação do país com estádio e lamenta faltapraças esportivas disponíveis no Acre. Dirigente fala do Legado da Copa e situação do Campo B

Por Redação do ge — Rio Branco, AC


O presidente da FederaçãoFutebol do Acre (FFAC), Antônio Aquino Lopes, saiudefensa do estádio Florestão,Rio Branco, que épropriedadeentidade, após as críticas recebidasrelação ao gramado, que tem sido castigado pelo excessojogos e também pela lama,diasfortes chuvas.

Antônio Aquino Lopes, presidente da FFAC — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

Em entrevista à Rádio Difusora Acreana, na última terça-feira (20), o dirigente reforçou que a FFAC é a única entidade do país com estádiofutebol próprio e que a faltaestádios aptos a receber jogos oficiais no Acre tem empurrado a responsabilidade sobre o Florestão.

– Esse é um papel que não é da federação. A entidade não tem que ter estádio, a única federação do Brasil que tem estádio é a nossa, infelizmente. A carga do futebol do Acre está toda sob responsabilidade da federação e a gente lamenta – disse Antônio Aquino Lopes, destacando ainda que a entidade não é responsável por solicitar laudos técnicos dos estádios.

– Tem gestorestádio do governo, por exemplo, o gestor da Arena da Juruá, cobrando laudo da federação. Isso é um absurdo porque os laudos são solicitados pelo proprietário do estádio e não pela entidade. A federação apenas recebe os laudos – destaca.

Estádio Florestão,Rio Branco — Foto: Duaine Rodrigues

O presidente também falou sobre o problema da sobrecargajogos no Florestão, principalmente por causa da indisponibilidade da Arena da Floresta,Rio Branco, e a Arena do Juruá,Cruzeiro do Sul.

– Infelizmente, nós estamos pagando um preço muito alto por ter só o estádio da federação pra poder ter futebol. Isso tem um custo muito alto. Nós temos dois estádios do Estado parados e tendo que jogar no Florestãodoisdois dias, jogos duplos, com chuva ou sem chuva – afirma.

Antônio Aquino Lopes diz ainda que, apesar das críticas sobre o Florestão, não se arrependeter construído o estádio, mas admite chateação com o momento atual do futebol no Acre.

Arena da Floresta,Rio Branco, seguereforma e ainda não pode receber jogos oficiais — Foto: Duaine Rodrigues

– Não me arrependo (de ter construído o Florestão) porque eu faço o que eu gosto, mas é um absurdo você ser responsabilizado por alguma coisa que você não tem o mínimoresponsabilidade. O futebol do Acre se resume ao Florestão. Nós montamos uma estrutura pra poder atender o futebol e isso recai sobre cobrançascima da federação, enquanto o papel dela é apenas organizar as competições. Infelizmente, no Acre, a federação tem que fazer tudo – finaliza.

Legado da Copa

O projeto para construçãoum pequeno estádiofutebol com grama sintética ao lado do estádio Florestão, está com as obras paradas por causaquestões burocráticas, segundo o dirigente da FFAC.

Maquete do estádiograma sintética do Legado da Copa2014 — Foto: Kelton Pinho

O projeto faz parte do Legado da Copa2014, que previa a construção15 centrosdesenvolvimentofutebol prometidos para estados do Brasil que não receberam jogos daquele Mundial.

– O Legado é um problemadocumentação,exigências da Prefeitura, que quando você atende uma, eles exigem outra – disse o dirigente, que tem buscado avançar no andamento do projeto, que está previsto para ser inauguradoagosto deste ano.

Campo B

Antes do início do estadual desta temporada, a FFAC anunciou que iria adequar o Campo B, que fica ao lado do Florestão, para receber jogos oficiais.

– Nós estamos trabalhando, mas não é um trabalho que podemos fazerum piscarolhos. Estamos fazendo dois vestiários, estamos botando o alambrado, vamos fazer as cabines, dentro daquilo que a norma, a legislação exige pra que tenhamos jogos oficiais. Um trabalho incansável e nos estamos trabalhando pra isso. Já que os clubes não têm, o poder público também não tem, a Federação se sacrifica e faz - diz Antônio Aquino Lopes.