Para que possamos compreender melhor este problema, tão
comum no cotovelo, e tão freqüente na população, é preciso que se entendam
alguns conceitos bem simples. O sufixo “ite”,
na medicina, significa inflamação. Assim, a inflamação das amígdalas, por
exemplo, é chamada da amigdalite. Da mesma forma, epicondilite diz respeito à
inflamação do um osso no cotovelo chamado epicôndilo. O cotovelo tem dois
epicôndilos, que são proeminências ósseasbetfairloginonde nascem os músculos que vão
dar movimento ao antebraço e à mão - um
lateral (do ladobetfairloginfora da articulação), e outro medial (do lado de
dentro).
a epicondilite é comum?
Sim, é um dos problemas mais frequentes do cotovelo. Acomete
principalmente adultosbetfairloginmeia-idade e, apesarbetfairloginser muito comumbetfairlogintrabalhadores
braçais submetidos a esforços repetitivos do membro superior ebetfairloginatletas que
praticam principalmente esportesbetfairloginraquete, pode aparecer mesmobetfairloginindivíduos
sedentários.
+ Sete dicas para preparar o joelho e evitar problemas na horabetfairlogincorrer
porque ela aparece?
A epicondilite é um assunto muito estudado entre os
especialistas da área, vistobetfairloginfrequência. Apesarbetfairloginser classicamente, na
literatura ortopédica, descrita como um processo inflamatório que acomete os músculos que se
inserem no epicôndilo lateral, estudos mais recentes tem demonstrado que há, na
verdade, um fenômenobetfairlogindegeneração das fibras musculares, acompanhadobetfairloginmuita
dor. Todavia, a relação da epicondilite com a meia idade e com a atividade
intensa com os braços é bem conhecida.
quais são os sintomas?
A queixa principal do paciente é sempre a dor, no lado lateral do cotovelo, que
pode ou não ser irradiada para a região proximal e dorsal do antebraço. Tem
caráter insidioso, ou seja, vai piorando lenta e progressivamente, mas em
alguns casos pode aparecer já desde o início com dores intensas. Nos atletas de
raquete, a dor no início aparece durante determinados movimentos do jogo ou do
treino, principalmente nos golpesbetfairloginesquerda (backhand), e é muito difícil que nesta fase ele procure acompanhamento médico
especializado. O próprio atleta utiliza-sebetfairloginmétodosbetfairloginanalgesia, como o
usobetfairlogingelo no local da dor após as partidas. Com o avanço do problema, o
processo se torna crônico e o atleta se vê obrigado a procurar ajuda médica, e
isso ocorre geralmente 3 meses após o primeiro episódio. O paciente pode se queixar ao segurar algum objeto com o
membro superior estendido. O médico geralmente encontrará, ao exame
físico, dor à palpação do epicôndilo lateral no cotovelo, e extensão ativa
dolorosa do punho.
+ Saiba como prevenir, tratar e acelerar a recuperaçãobetfairloginlesões musculares
como deve ser o tratamento
O tratamento da epicondilite lateral geralmente é
conservador, sendo cirúrgico apenas se não houver remissão (total ou parcial
progressiva) com o tratamento medicamentoso e fisioterápicobetfairloginum períodobetfairloginpelo
menos 3 meses, mas que pode se estender por mais tempo. O tratamento conservador pode ser dividido em
dois tipos: médico e fisioterapêutico. O tratamento médico
sempre deve ser consideradobetfairlogintodas as fases do tratamento. Para se aliviar a
dor do paciente, é indicado inicialmente o usobetfairloginanti inflamatórios não
hormonais. Se o paciente é atleta, devemos sempre questioná-lo com relação ao
equipamento utilizado para a prática do esporte.
Devemos sempre questionar qual
o tipobetfairloginraquete que ele usa, a tensão que é colocada nas cordas (no caso do
tênis), e principalmente, movimentos na rotina diáriabetfairlogintreinos. Outras formas
de tratamento foram descritos, como o uso da acupuntura, a manipulação da
região cervical e do membro superior e infiltraçãobetfairlogincorticoides. O uso dos
chamados braces (tirasbetfairloginvelcro,
que envolvem o antebraço logo abaixo do cotovelo) pode ser útilbetfairloginuma fase
inicialbetfairlogintratamento, principalmente nos atletas que jogam e treinam com muita
frequência, embora alguns estudos relatem a ineficiência do brace (imobilizador) para tratamento por longo período e por não auxiliar
na melhora da força. Além do tratamento médico, o tratamento fisioterapêutico
deve ser instituído já na fase inicial do atendimento.
+ Dor no joelho: veja o que é bom e que tipobetfairlogintratamento não tem eficácia
existe cirurgia para a epicondilite?
Sim. A indicação da cirurgia começa a ser considerada se o
paciente não tem melhora com pelo menos 3 mesesbetfairlogintratamento. Todavia, este
tempo pode ser muito maior, e na prática indicamos a cirurgia somente após
termos investido (médico e paciente) exaustivamente na recuperação, e não tendo
sido obtida melhora significativa. Classicamente, e até muito pouco tempo
atrás, a cirurgia era feita da forma convencional, com uma incisão (corte) betfairloginmais ou menos 4 cm, quando era feita a limpezabetfairlogintodo
o tecido degeneradobetfairlogincima do epicôndilo. Todavia, atualmente a cirurgia pode
ser feita por vídeo (artroscopia) – atravésbetfairloginduas incisões mínimas (4 mm),
coloca-se uma câmerabetfairloginvídeo dentro da articulação e limpa-se o tecido
degenerado,betfairlogindentro para fora. Com esta cirurgia, além da melhora importante
em relação à estética, a recuperação é menos dolorosa e mais tranquila.
existe algum modobetfairloginprevenirmos o problema?
A melhor formabetfairloginse prevenir a epicondilite lateral,
principalmentebetfairloginatletas amadores, é a mudança da técnica dos fundamentos do esporte
- principalmente o golpebetfairloginesquerda
(backhand), que envolve a contração
excêntrica dos extensores do punho, pois é nesses atletas que o problema tem
maior incidência. Um outro fator importante na prevenção da epicondilite
lateral está no uso da raquete ideal, devendo esta ser mais maleável e com uma
cabeça maior. A tensão da corda usada na raquete (no caso do tênis) não deve
ser maior do que 60 libras, pois quanto maior a tensão usada na raquete, maior
será a vibração transferida para o cotovelo, provocando microfissuras no tendão
do extensor radial curto do carpo (músculo mais envolvido), causando a
epicondilite lateral.
Outro detalhe importante para todos os esportes de
raquete está na empunhadura (grip), pois existem tamanhos diferentes, e o
atleta deve escolher o tamanho mais confortável para seu uso. O brace
(imobilizador) pode ser utilizado como um acessório preventivo da epicondilite
lateral, mas devemos lembrar que, se o atleta não tiver uma técnica correta dos
fundamentos, o imobilizador pode mascarar os sinais e sintomas agravando a
lesão.
+ Lesão parcial do ligamento cruzado anterior: operar ou não? Médico opina
*As informações e opiniões emitidas neste texto sãobetfairlogininteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao pontobetfairloginvista do Globoesporte.com / EuAtleta.com
ADRIANO LEONARDI
Médico ortopedista especialistabetfairlogintraumatologia do esporte e cirurgia do joelho. Vice-presidente da Sociedade BrasileirabetfairloginMedicinabetfairloginAmbientes Remotos e EsportesbetfairloginAventura. www.adrianoleonardi.com.br