Existem vários conhecimentos científicos que devem ser utilizados no período pré-competição para melhora da performance. As estratégias adotadas visam um períodouma a três semanas antesuma provacorridalonga distância, por exemplo, ou mesmouma atividade competitivaoutra modalidade, na qual se deseja obter o melhor rendimento possível. O conceito científico relacionado a esse conhecimento recebeu o nomeTaper, que é reconhecido como uma estratégiareduçãotreinamento pré-competição.

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Volume dos treinos deve ser menor nas semanas que antecedem uma prova (Foto: Getty Images)

O princípio se baseia na necessidadereduzir o impacto da fadiga provocada pelo treinamento, sem reduzir significativamente as variáveis fisiológicas que são potencializadas pelo treino. O conhecimento científico relacionado a essa área compreende a ciência da chamada periodizaçãotreinamento, que teve origem na antiga União Soviética e se propagou pelo mundo ocidental.

Objetivamente, o Taper pressupõe a necessidadereduzir a cargatreino relacionada a três variáveis: intensidade, frequência e duração (volume),um períodouma a três semanas antes da prova. Os estudos publicados sobre este método recomendam uma estratégia que pode ser resumida da seguinte forma:

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- Não alterar a intensidade do treino. Ou seja, se, por exemplo, um corredor treina correndoum ritmo10 km/h, ele deve manter esta intensidade nas sessõestreinamento até a véspera da prova.

- A frequência também não deve ter muita alteração. Assim, se os treinos sãocinco dias por semana, esta variável deve ser mantida.

- A redução importante deve ser na distância percorrida, que significa a duração do treino, ou volume. A estratégia do Taper recomenda uma redução programada e gradual durante o período escolhido, por exemplo, a última semana antes da prova. O objetivo é a atingir nos últimos dias um volumeno máximo 30% do volume habitual.

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Os trabalhos científicos que adotaram este modelo revelam resultados muito significativosmelhoradesempenho. A explicação é exatamente a redução do chamado “índicefadiga”, que impacta negativamente a performance. Trata-seum modelo que na realidade chega a ser adotado atéforma intuitiva pelos atletas e treinadores, mas que se revesteconhecimento e comprovação científicas.

*As informações e opiniões emitidas neste texto sãointeira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao pontovista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.

TURÍBIO BARROS
Mestre e DoutorFisiologia do Exercício pela EPM. É membro do American College of Sports Medicine, professor e coordenador do CursoEspecializaçãoMedicina Esportiva  da Unifesp e fisiologista do São Paulo FC e coordenador do DepartamentoFisiologia do E.C. Pinheiros www.drturibio.com